Avatar

Felipe Tadewald

@felipetd

Especialista em investimentos da Suno Research.

Membro desde 2018
0 Seguindo
171 Seguidores

Respostas

Classificação
@felipetd em 14/04/2018

Parabéns pela decisão de começar a investir, o passo mais importante foi dado.

Sobre a estratégia, minha sugestão é que você opte por uma corretora barata, que cobre uma taxa de corretagem baixa. Existem corretoras que isentam a taxa de Fundos imobiliários, por exemplo.

Após a escolha da corretora, o ideal é que você aporte todos os meses se concentrando na melhor oportunidade, seja em fundos imobiliários, ou em ações, e sempre reinvestindo os dividendos, ao longo do tempo. Caso não exista nenhuma ação ou fii que esteja em um ponto atrativo, ou que você julgue atrativo, o melhor então seria aguardar na renda fixa.

Conforme você mantenha a disciplina de manter esse hábito, sua carteira vai ganhando formato e robustez e os dividendos também vão aumentando.

@felipetd em 13/04/2018

Parabéns. R$ 4.000,00 mensais de aporte é um ótimo aporte e sem dúvidas você está entre um grupo raríssimo do país. Eu não tenho dúvidas que se você manter a disciplina de aportar mensalmente, em pouco tempo você terá um excelente patrimônio, com uma renda passiva considerável.

Em minha opinião, você deveria se concentrar em comprar cerca de 2 ou 3 ativos por mês, entre ações e fundos imobiliários, sempre optando pela melhor oportunidade do momento.

Pela minha experiência própria, quase sempre existem oportunidades, e dificilmente você não terá aonde aportar.

@felipetd em 13/04/2018

Eu sugiro que você deixe a reserva “para a boca do jacaré” em uma renda fixa de elevada liquidez, que tenha pelo menos resgate em d+1, visto que você pode utilizar a conta margem da corretora e as ações e fiis liquidam em d+3

@felipetd em 05/04/2018

Pode-se dizer que este fundo foi um ótimo fundo para “travessia”, visto que passou intacto e ileso à grave crise que tivemos nos últimos anos. Neste período, o fundo, por ter contratos atípicos e de longo prazo, conseguiu manter uma boa distribuição de dividendos aos cotistas e apresentou uma boa valorização.

Porém, este fundo concentra alguns riscos para o investidor, visto que, justamente por ter contratos atípicos que não sofrem revisionais e são sempre reajustados pela inflação, e alguns dos imóveis terem sido comprado por preços elevados, os preços dos aluguéis de alguns dos seus imóveis estão bastante “fora da realidade”. Isso é negativo visto que no momento de uma eventual renovação de contrato, os novos preços praticados seriam muito menores, impactando a rentabilidade do fundo.

Por fim, é importante destacar que o Banco do brasil já anunciou que deseja reduzir sua base de agências, em especial as sobreposicionadas (aquelas agências muito próximas a outras e menos eficientes), e por isso, é de se esperar que no vencimento do contrato do BBPO, o mesmo acabe não conseguindo renovação contratual de inúmeros de seus imóveis, tendo que buscar outros inquilinos, o que pode ser demorado, e também ter de exigir a mudança de regulamento do fundo ou de algum contrato em específico.

@felipetd em 05/04/2018

Se tomarmos como base a média de rentabilidade dos mercados de ações globais, veremos que as ações sempre entregaram, no longo prazo, retornos bem superiores que ativos de renda fixa. Enquanto ativos de renda fixa nos EUA , por exemplo, entregaram retornos reais em torno de 3% ao ano, as ações entregaram retornos superiores a 6%.

No caso do Brasil, historicamente as ações entregaram retornos próximos de 8 a 9% reais ao ano, o que também é bem superior aos 5% reais da NTN-B. Além disso, deve-se levar em conta que esses 5% + Inflação não são líquidos de Imposto de Renda, e ao descontar-se o imposto e taxas, a rentabilidade fica mais em torno de 3% ao ano.

Sendo assim, eu entendo que até pode ser atrativo ter uma parcela do patrimônio em NTN-B, porém, pelo potencial muito maior de rentabilidade das ações, ou mesmo dos fundos imobiliários (que comparando com o Ibovespa, tem vencido, inclusive)  eu avalio como essencial ter a maior parte do patrimônio em renda variável.

@felipetd em 05/04/2018

É plenamente possível sim, porém, tenha em mente que não é rápido. Supondo que você hoje já possua R$ 300,00, e resolva aportar R$ 300,00 todos os meses em ações e fundos imobiliários, e supondo que você obtenha uma rentabilidade nominal de cerca de 1% ao mês, o que não é muito difícil para investimento em renda variável no longo prazo, você chegaria aos R$ 150 mil em cerca de 15 anos.

Sobre a renda gerada por esse valor, estimo que você conseguiria obter uma renda de dividendos de cerca de R$ 1.000,00 a R$ 1.100,00, aproximadamente.

@felipetd em 05/04/2018

Apesar de assustar muitos e muitos investidores terem muito medo delas, as crises são momentos de grandes oportunidades e são períodos em que o investidor consegue comprar ações de boas empresas por preços baixos, abaixo dos seus valores intrínsecos, o que não ocorre todo dia. 

Grandes fortunas podem ser feitas nas crises pelos investidores, através de compras de bons ativos, extremamente desvalorizados e que estão sendo vendidos claramente muito baratos por conta de desespero.

Lembro-me na crise de 2008, por exemplo, onde as ações da EZ Tec, uma das melhores empresas do setor de construção da bolsa, eram negociadas por menos de R$ 3,00, sendo que seus ativos valiam muito mais. A empresa, por operar de forma muito conservadora, ter bastante caixa e ser uma empresa de margens elevadas, passou relativamente bem pela crise, embora o mercado ignorasse isso e tivesse precificado seus papeis daquela forma.

Nos anos seguintes, com o temor da crise tendo desaparecido, e o boom imobiliário, por ser uma empresa de grande qualidade, as ações da EZ Tec atingiram mais de R$ 30,00. O investidor que soube aproveitar o momento de adversidade e comprou as ações por R$ 3,00, obteve um extraordinário lucro em poucos anos.

Obviamente que uma crise estrutural não é boa para o país, e leva ao desemprego em massa, à desaceleração da indústria, e à elevação das taxas de juros, prejudicando também o consumo e o custo da dívida pública, porém, crises sempre ocorrem, mas geralmente logo são sanadas, e cabe ao investidor saber enfrentar esses momentos com racionalidade, se focando nas boas empresas, e comprando bastante por preço de banana.

No momento que a crise é solucionada, ou amenizada, e a expectativa positiva volta a reinar sobre o mercado, os preços das ações se valorizam, junto da própria economia e resultados das empresas, e aí o investidor paciente e racional, que soube manter suas ações em períodos adversos, e principalmente, comprar mais, colhe os frutos de sua paciência e frieza.

@felipetd em 05/04/2018

Depende. Quando o valuation de uma empresa se torna extremamente elevado, em um patamar que pode gerar bastante risco ao investidor, a atitude recomendável pode ser realmente vender essa empresa e alocar o valor em outra. Isso deve ser feito, especialmente quando a empresa, além de estar bastante cara, também tem números que não estão evoluindo muito bem, ou mesmo quando ela demonstra não ter a capacidade de crescer de acordo com o que seu valuation precifica.

Porém, um valuation um pouco esticado, de uma empresa de qualidade, que vem crescendo e entregando muita rentabilidade, não deve ser visto como um critério decisivo para vender a empresa. Existem muitas empresas boas que hoje negociam com valuation acima das médias, ou seja, um pouco caras, mas neste caso, o melhor a se fazer é direcionar os aportes para outras empresas e apenas não comprar mais dessa que está mais cara.

@felipetd em 05/04/2018

Acredito que uma empresa com os controladores bem alinhados com os minoritários, é uma empresa que, além dos controladores tomarem boas decisões a respeito da escolha do time de gestão da empresa e indicações, ajudando a empresa a ser mais lucrativa e rentável, também valoriza o seu acionista minoritário, não realizando tentativas frequentes de fechamento de capital a preços extremamente baixos, por exemplo.

@felipetd em 05/04/2018

Se você quer uma carteira totalmente focada em renda, o ideal seria sim substituir esses papéis por ativos de dividend yield mais elevados, porém, se forem boas empresas, eu não venderia, apenas me focaria em aportar e reinvestir dividendos em outros ativos, que paguem mais dividendos.

De qualquer forma, um yield de 6% é um yield relativamente atrativo nos dias de hoje e não tenho dúvida de que se você se focar em comprar empresas boas com yields atrativos, você conseguirá formatar uma boa carteira previdenciária no longo prazo.

@felipetd em 05/04/2018

Entre no site da corretora e se cadastre. Em seguida, siga os passos de abertura de conta, que geralmente envolvem o envio de documentos, preenchimento de alguma ficha cadastral. Geralmente esse processo pode ser feito totalmente online.

@felipetd em 05/04/2018

Existem empresas que pagam mensalmente, trimestralmente, semestralmente ou anualmente. Caso você queira estruturar uma carteira que gere renda mensal, você provavelmente terá de comprar inúmeros ativos, que paguem em diferentes datas e que se complementem. Outra opção é você investir também em fundos imobiliários, que pagam bons dividendos todos os meses.

@felipetd em 05/04/2018

Nós recomendamos sempre investir diretamente, visto que, investindo diretamente você se livra das (gordas) taxas de administração dos fundos e ainda recebe os dividendos em conta. Além do mais, investir diretamente te torna naturalmente mais ativo no mercado e mais interessado em pesquisar e estudar as empresas, o que é positivo e deve contribuir para a sua evolução como investidor também.

Por fim, estruturar a carteira da sua forma, podendo comprar os ativos que desejar na sua carteira, como ações, fiis, fip’s, ou mesmo debêntures, é mais interessante e te dá muito mais flexibilidade, além de que será você administrando seu próprio dinheiro, e não terceiros, que podem estar pouco comprometido com a gestão dos recursos.

@felipetd em 05/04/2018

Existem alguns fatores que explicam a renda relativamente baixa do MXRF11 atualmente. Dentre eles, destaco:

(i) Grande queda nos índices de inflação nos últimos 12 meses, o que impacta a rentabilidade do fundo, visto que ele possui inúmeros papéis indexados à inflação

(ii) Quedas consecutivas do CDI, por conta dos cortes na Selic. Aqui o fundo é impactado por possuir uma parcela da carteira exposta ao CDI

(iii) Fundos em Default. Nos últimos anos o MXRF11 acabou passando por uma série de eventos de crédito em alguns de seus papéis, e por isso, esses papéis deixaram de pagar juros, sendo que o fundo, na maior parte desses ativos, executou a garantia ou está em processo de execução das mesmas

(iv) SPE Terra Mundi. Este ativo, que engloba alguns projetos de imóveis residenciais e comerciais para a venda, nunca contribuiu com caixa para o fundo e espera-se que no ano que vem ele passe a entregar ao fundo parte de seus resultados acumulados

e (v) Expressiva exposição a permutas imobiliárias, que contribuem de forma mais relevante com o caixa do fundo na fase de repasses, que deve ocorrer nos próximos anos.

Conforme a inflação se recupere (igp-m já está recuperando), as garantias dos CRIs em default sejam liquidadas ou os devedores regularizem suas dívidas, e a SPE e as permutas passem a contribuir de forma mais expressiva com o caixa, é esperado que os dividendos do fundo sofram um grande incremento.

 

@felipetd em 05/04/2018

Eu gosto da ideia de investir em papéis de empresas exportadoras, como o Tiago bem ressaltou, BDR’s de boas empresas americanas ou REITs, que são similares aos nossos fundos imobiliários.