Felipe Tadewald
@felipetd
Especialista em investimentos da Suno Research.
Posteriormente vou avaliar o referido estudo do Portinho. O Portinho é um cara que eu gosto e acrescenta bastante ao mercado de capitais.
Sobre a estratégia em si, eu ainda não li completamente o estudo, porém, vale destacar que no período envolvido no estudo tínhamos uma Selic bastante elevada, o que basicamente garantia uma enorme rentabilidade, o que não se verifica hoje, onde temos juros reais baixíssimos. Ou seja, o investidor conseguia no passado embolsar bons lucros na renda variável, e continuar obtendo ótimos retornos na renda fixa.
Hoje isso não existe.
Outro ponto é que a estratégia acaba sendo um limitador de upsides.
Imagine o investidor que possuía em sua carteira, dentre outros papéis, as ações da Unipar, do Banco inter e IRB (3 recomendações feitas por nós), e no momento que a participação em renda variável ficou 30% maior que a parcela de renda fixa, este investidor vendeu uma boa parte de suas ações. Este investidor acabaria perdendo provavelmente a maior parcela da valorização desses ativos, que no caso da Unipar, chegou a mais de 900% desde 2017.
Além disso, se o estudo em questão leva em conta o ibovespa na parcela de renda variável, e este possui inúmeros ativos problemáticos, e uma metodologia de balanceamento que muitas vezes acaba prejudicando o próprio desempenho do índice, nós vemos que o ideal seria fazê-lo com uma carteira formada apenas por ativos sólidos.
Fizemos no passado um estudo baseado na estratégia de décio bazin, e o resultado foi fantástico, e dificilmente o rebalanceamento superaria a estratégia do mesmo.
É evidente, no entanto, que para investidores que desejam ter uma redução na volatilidade e sentem-se estressados ou desconfortáveis com uma carteira de grande participação na renda variável, essa estratégia de balanceamento pode sim fazer bastante sentido, e também acaba sendo uma forma do investidor geralmente conseguir fazer algum ajuste na carteira quando a bolsa está em alta, e comprar mais quando está em baixa, o que tende a ser positivo.
Eu faria exatamente o que faço hoje: foco em ações e fundos imobiliários resilientes e que pagam bons dividendos.
Portanto, eu não escolheria apenas um único investimento e teria ambas as classes de ativos na carteira, que é o que avalio como ideal para uma carteira previdenciária sólida e resiliente para o longo prazo.
Olá Flavio. Vamos sim avaliar a possibilidade de fazer um relatório assim. Thanks
Em nossa visão, que também é respaldada pelos dados históricos dos mercados globais (e brasileiro também), os ativos de renda variável são os que têm as maiores condições de entregarem rentabilidades diferenciadas e proporcionarem uma aposentadoria digna no longo prazo.
Sendo assim, nós sugerimos que os investidores acumulem patrimônio no mercado de capitais, preferencialmente focando em ativos que sejam bons geradores de caixa, bons pagadores de dividendos e de empresas saudáveis, além dos fundos imobiliários.
Durante o período de acumulação, é fundamental reinvestir os dividendos.
Você pode manter os títulos e direcionar novos aportes para renda variável. Outra opção seria aproveitar o atual momento da curva de juros e a precificação da NTN-B para realizar lucro de uma parte desses ativos e destiná-los para renda variável também de forma gradual.
O ideal agora seria continuar pagando, tendo em vista que caso você opte por resgatar, é provável que acabe pagando uma alíquota ainda elevada de impostos e perdendo rentabilidade. Ideal, no entanto, é que você além desse aporte na previdência, você também direcione aportes para ações e fundos imobiliários, de forma a estruturar sua carteira previdenciária.
Uma carteira previdenciária preferencialmente deve ter um foco maior em ativos geradores de renda, que pagam bons dividendos, e essa é uma das principais formas de você obter ganhos com sua carteira. Porém, há também espaço para ativos que pagam menos dividendos porém estejam investindo e crescendo mais, mas isso não significa que essas empresas não pagarão bons dividendos no futuro. Geralmente essas Companhias, quando reduzem o ritmo de investimentos e se desalavancam, tendem a se tornar boas pagadoras de proventos também.
Você pode aproveitar o momento para direcionar os dividendos dos fiis para ações, ou também reforçar sua reserva em renda fixa.
Oportunidades, embora menores e mais escassas, continuam existindo, e portanto, continua fazendo sentido adquirir ações e fiis que ainda estão descontados. No entanto, hoje faz cada vez mais sentido realmente destinar mais recursos para renda fixa, por conta da falta de oportunidades.
Olá. O ideal é que você utilize os R$ 25.000,00 como um “pontapé inicial” e reforce este valor constantemente com novos aportes, de forma a engrandecer sua carteira ao longo do tempo, e fazê-la gerar cada vez mais dividendos.
Entendemos que não deverá mudar muita coisa, já que já fazia parte dos planos, inclusive de governos anteriores, o IPO da Caixa Seguridade.
Nós não comentamos cases específicos e nem damos sugestões de compra ou venda nesta plataforma.
Da mesma forma de sempre: Preferindo sempre as empresas que geram bastante caixa, que são sólidas, que apresentam vantagens competitivas, que estão inseridas em setores perenes, com uma estrutura de capital saudável, e claro, que estejam negociadas a um valuation atrativo.
Durante 10 anos, direcionando aportes mensais a empresas com essas características, sempre se focando nas melhores oportunidades do momento, é bem provável que você conseguirá obter ótimos retornos e gerar uma boa renda de dividendos no futuro.
Com certeza vale à pena.
Hoje em dia, com as corretoras cobrando cada vez taxas menores, com algumas inclusive zerando as taxas para fiis, o mercado de fiis se tornou acessível para qualquer investidor, e até quem deseja fazer aportes mensais de R$ 100 ou menos, pode.