Rodrigo Wainberg
@rodrigo_wainberg
Analista e Consultor de Valores Mobiliários. Profissional aprovado no Level III da certificação CFA, investidor em ações há 6 anos.
Ações e precauções , mas é difícil conseguir.
Conhecer bem o negócio e seu valor. Não muda quase nada. A não ser a liquidez, que costuma ser menor do que a média.
Os dois. A decisão de vender depende da empresa e/ou do preço da ação.
Mesmo em um Bear market, existem empresas e ações que prosperam.
Alguns negócios não dependem da economia doméstica, como o negócio de transmissão elétrica, que é praticamente uma “ação de renda fixa”.
Saneamento, petróleo, celulose, mineração, serviços financeiros.
Ainda que a cotação demore a valorizar, você vai colhendo dividendos e reinvestindo comprando mais ações. O que na prática, também aumenta o seu capital.
Nestes casos, preços baixos são algo até desejável para quem deseja acumular ações.
De cabeça, o Bear market da crise de 29 foi o mais longo que me recordo. E mesmo quem comprou tudo no pico antes da queda, ainda sim fez um bom negócio no longo prazo.
É um bom lugar para deixar o seu dinheiro guardado. É seguro e tem boa liquidez.
Mas o prêmio sobre a inflação está sendo comprimido, e a tendência é que continue a diminuir.
Então é inevitável que os investidores busquem a renda variável para melhorar os seus retornos.
O VP pode estar inflado devido ao reconhecimento de intangíveis com valor econômico bem abaixo do registro contábil.
Pode ser o caso da empresa estar indo pro brejo, e os prejuízos futuros podem dilapidar o patrimônio.
Também o ROE pode estar inflado devido ao reconhecimento de resultados não recorrentes.
Algumas empresas você nunca vai conseguir pagar um P/VPA de 1, pois são negócios leves em ativos ou possui ativos intangíveis subavaliados ou mesmo fora do balanço.
Mesmo assim, podem ser bons investimentos, desde que a geração de caixa que você projeta justifique o preço que esteja pagando.
Precisa ter cuidado.
- Tem que olhar dois casos:
Se a ação estiver enquadrada na lei 13.043/14, não paga IR. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/Lei/L13043.htm - Para as outras ações, se você vender até R$ 20 mil no mês com lucro, não paga Imposto de renda. Lembrando que esse IR é recolhido em bases mensais, então você apura o resultado de todas as operações. O que importa é o consolidado no mês.
- Mesmo se você vender acima de R$ 20 mil com lucro, mas tiver prejuízos antigos (e declarados no IR) e IRRF a compensar, então você pode abater. Pode ser o caso de você ficar com uma base negativa (Não paga IR) ou então, apenas diminui a base de lucro.
Tem que preencher DARF e pagar até o último dia útil do mês seguinte ao mês de referência (competência).
Precisa declarar as operações no imposto de renda. Isentas e não isentas.
Valor econômico: ROE, ROIC, EVA
Endividamento: Dívida líquida /EBITDA Ajustado, Resultado operacional normalizado / despesas com juros.
Liquidez: Liquidez corrente, seca e imediata, giro do estoque, de recebíveis e de pagamento aos fornecedores (ciclos de caixa).
Inadimplência líquida,
Margens bruta, operacional, ebitda e líquida.
Preço: P/L, P/VPA , EV /EBITDA.
Indicadores específicos de cada setor
Estes são alguns exemplos. O mais importante é saber quais indicadores utilizar para determinada empresa e desses, formar uma visão do seu conjunto.
É bom , desde que olhado em períodos longos e filtrado de resultados não recorrentes e é claro, projetado nos próximos anos.
O caso em que você mencionou pode ocorrer, e seria preciso identificar o motivo deste descasamento no detalhe. Por isso, olhar apenas um indicador pode esconder uma oportunidade ou encobrir uma armadilha.
Mas em geral, lucro e geração de caixa andam juntos no longo prazo.
Isso é muito particular de cada um. Depende da tolerância ao risco, moeda em que seus gastos são denominados, necessidades de liquidez e objetivos.
Para análise caso a caso dispomos de programas de consultoria.
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Empresas com receitas e despesas operacionais mais previsíveis toleram um nível maior de alavancagem.
Então comparar endividamento entre empresas de setores diferentes pode mais atrapalhar do que ajudar.
O ideal é comparar dentro de um mesmo setor, mais precisamente dentro do mesmo segmento.
Mas o melhor mesmo é olhar a capacidade da companhia em honrar os seus pagamentos. Indicadores como resultado operacional/despesas com juros, Dívida líquida/ EBITDA podem ajudar nisso.
É muito parecido.
Só tem que prestar atenção na questão da liquidez, que pode atrapalhar alguns investidores com bolso mais fundo.
É uma atividade cíclica então você precisa incorporar isso em um modelo de fluxo de caixa descontado.}
Em termos mais práticos, dá pra estimar os lançamentos, a margem e o nível de distratos.
Daí você tem uma boa noção do resultado operacional. Precisa descontar gastos SG&A e despesas financeiras, de onde decorre a importância de avaliar o endividamento.
Também é interessante avaliar o valor dos estoques de terrenos e das unidades prontas, e comparar com o registro contábil.
Dependendo da defasagem e do valor de mercado da companhia, podemos ter aí uma boa margem de segurança.
- Concentração excessiva
- Colocar mais dinheiro do que está disposto a perder
- Fazer análises rasas
- Buscar fórmulas mágicas para investir
- Confundir especulação com investimento
- Falta de paciência
Vemos boas oportunidades em small caps com exposição ao mercado interno, e com menos frequência alguns nomes mais conhecidos.
As recomendações específicas são divulgadas aos assinantes.