Felipe Tadewald

Sim, como a amortização geralmente representa uma devolução de capital ao cotista, ela reduz o valor patrimonial imediatamente.

Situações como essas não são tão comuns assim, mas elas tendem a ocorrer e se agravar em períodos como os de hoje, onde os juros estão muito baixos e os fundos tentam aproveitar ao máximo para realizar emissões. A tendência é que com a recuperação econômica e o próprio ambiente de juros, cada vez mais empresas procurem estruturar CRIs para se financiarem, mas é um fato que hoje há uma situação de desequilibrio, o que não é bom.

Situações como essas podem fazer com que os fundos acabem tendo uma deterioração da carteira, já que podem acabar comprando ativos de menor qualidade, ou mesmo prejudicando a rentabilidade do fundo também, mantendo uma posição muito elevada em renda fixa.

São setores que possuem uma menor volatilidade e exposição aos ciclos econômicos. Em geral são setores perenes, que possuem uma demanda relativamente estável mesmo em períodos adversos, e que são menos vulneráveis.

Podemos citar como exemplos de setores anti-cíclicos ou menos cíclicos: Energia elétrica, saneamento, bebidas, combustíveis, alimentos, cigarros, medicamentos, saúde, dentre outros…

Seria importante você estudar e avaliar as empresas que deseja investir, analisando suas métricas de rentabilidade, lucratividade, geração de caixa, dentre outros pontos, como valor da marca, marketshare e gestão, por exemplo.

Claro que para quem está iniciando isso pode não ser muito simples, mas utilizando ferramentas como o “fundamentus”, onde você consegue os dados históricos da empresa, além de leituras (Temos muitos artigos educativos que abordam estes pontos) constantes e muita informação, você conseguirá se capacitar para avaliar uma empresa.

Outro conselho que lhe dou é de não seguir dicas. Caso alguém lhe faça alguma sugestão de investimento, em vez de simplesmente ir lá e investir sem fundamento ou base, estude o ativo, estude a empresa, tire suas dúvidas e só invista se realmente tiver convicção de que é um bom negócio.

Por fim, lembre-se: Investir é se tornar sócio das empresas ou de empreendimentos, e não jogar cassino. Logo, invista para receber seus dividendos, participando dos lucros da empresa, e sempre com uma visão de longo prazo.

Com disciplina e paciência, qualquer um pode obter sucesso na bolsa de valores.

Abraços,

Felipe Tadewald