Felipe Tadewald
@felipetd
Especialista em investimentos da Suno Research.
Eu não sou adepto de tentar prever o futuro e fazer operações com base no ‘timing’ no mercado, pois muitas expectativas, positivas ou negativas, podem não se cumprir, e com essa postura, o investidor pode perder grandes oportunidades.
Prefiro sempre aproveitar as oportunidades que o mercado me oferece desde já, aportando nas ações e fiis com preços mais atrativos no momento, reinvestindo dividendos e acumulando mais ativos.
Porém, manter uma reserva em renda fixa para eventuais quedas mais acentuadas eu avalio que faz total sentido sim.
Olá amigo.
Felizmente para os investidores, existem várias ferramentas gratuitas que apresentam o histórico de lucros ,dividendos e rentabilidade sobre patrimônio das empresas, como por exemplo, o fundamentus ou o investsite.
Através dessas ferramentas, o investidor também pode ter acesso ao histórico de margens, como margem ebit e margem bruta.
Sobre sua dúvida em relação à dívida bruta e dívida líquida, o endividamento bruto basicamente representa todas as dívidas da empresa, tanto de curto quanto de longo prazo, incluindo debêntures. Já a dívida líquida, é basicamente o endividamento bruto, subtraido do caixa que a empresa possui.
Geralmente olha-se mais para a dívida líquida, pois ela já leva em conta o caixa que a empresa possui e que teoricamente pode ser utilizado para abater parte desse endividamento, além de que está gerando juros para o resultado financeiro da empresa.
É um ponto que considero sim importante na decisão de comprar um ativo, visto que em caso de fechamento de capital ou alienação de ações, o investidor que detém apenas ações PN pode acabar sendo bastante prejudicado.
Por isso é importante optar por ações de empresas que possuem 100% de tag along, ou no caso de empresas que não possuem, optar pelas ordinárias é a opção mais inteligente.
Se for uma reserva para adquirir um bem futuramente, como um carro, um imóvel, ou mesmo bancar uma viagem, eu utilizaria algum CDB de algum banco sólido, com com um bom prêmio sobre o CDI e um vencimento mais longo.
Já se for uma reserva para utilizar para adquirir ações em momentos oportunos, o ideal é um fundo de renda fixa de liquidez diária.
Obviamente dependerá muito do valor que você espera receber para atingir a independência financeira, mas eu posso afirmar que é bem provável que você atinja seus objetivos sim. Porém, caso o valor desejado em renda passiva seja o superior ao projetado nesse período, talvez sejam necessários mais alguns anos, mas eu não tenho dúvidas de que você conseguirá obter uma boa renda passiva, de qualquer forma.
Capex considera o investimento em imobilizados, e portanto, não considera desembolsos com aquisições.
Aqueles fundos multimercado que possuem exposição acima da média em dólar e em ações estrangeiras, tendem a ter uma performance acima da média, ao menos por enquanto.
Eu particularmente prefiro investir em ativos que geram renda, e por isso não invisto em fundos MM, porém, para o investidor que se sente mais confortável diversificando e deseja ter uma carteira mais diversificada em inúmeros instrumentos e produtos financeiros, existem bons fundos multimercado disponíveis no mercado.
Sim, é uma boa estrutura de carteira. Interessante também considerar elevar a exposição em açoes e fiis nos momentos de queda desses ativos, utilizando o Tesouro Selic, por exemplo.
Sim. O ideal seria você se focar naqueles ativos que você mais sente segurança e confiança. Além disso, é importante lembrar que sempre existem ativos que estão mais descontados em relação aos outros, e apresentam uma maior oportunidade no momento, e assim, concentrar os recursos dos aportes e reinvestimentos momentaneamente nesses ativos pode ser uma boa pedida.
Aproveitando as melhores oportunidades de cada momento, e se concentrar nas empresas e FIIs que o investidor mais se sente confortável, permite ao investidor construir uma carteira diversificada, com bons preços médios e que passa segurança ao investidor.
Para aqueles que têm a mente empreendedora, é sempre mais fácil identificar uma oportunidade ou estar disposto a começar um negócio do zero. Já para quem não foi preparado para isto, é realmente mais complicado e parece que as ideias e oportunidades não surgem e não existem.
Eu entendo que o ideal seja, enquanto estiver em seu emprego, ir ao mesmo tempo buscando oportunidades e ideias de empreender, sem abandonar seu emprego. Conforme o negócio venha a se concretizar e venha a crescer, você poderá abandonar esse emprego e se dedicar totalmente ao novo empreendimento.
Eu avalio que investir em ações diretamente e fundos imobiliários seja a melhor alternativa, visto que fundos de investimento acabam tendo taxas de administração às vezes elevadas, e também não são positivos para quem busca geração de renda passiva, além, é claro, desses investimentos dependerem das decisões dos gestores, que muitas vezes não estão verdadeiramente comprometidos em entregar resultados.
Sobre essa aplicação que você possui, eu não entendi muito bem, mas sugiro cuidado, visto que 3% ao mês é uma taxa extremamente elevada, e eu não entendi bem qual é o produto, mas com certeza deve envolver um risco acima da média. Se for 3% ao mês em ações nos últimos meses, a tendência é que essa performance não se repita, já que as ações vêm caindo bastante ultimamente.
Primeiramente, parabéns pela decisão de investir. Essa decisão, se for acompanhada de disciplina, dedicação e paciência, trará ótimos frutos no longo prazo.
Fundos imobiliários são perfeitos para aqueles que querem entrar no mundo dos investimentos, mas ainda estão com receio da volatilidade e têm pouca familiaridade com a renda variável. Além disso, os FIIs são excelentes para quem pretende iniciar com pouco dinheiro, visto que existem inúmeros FIIs que têm suas cotas vendidas a preços muito baixos, auxiliando aqueles que desejam investir poucos recursos.
Hoje é possível se tornar sócio de bons fundos imobiliários com menos de R$ 3,00, e como as corretoras cada vez mais estão dando isenção de taxas de corretagem, o valor inicial não é mais um obstáculo para quem quer começar.
Sugiro então que abra conta em uma corretora que tenha taxas baixas para FIIs ou mesmo isenção, e enquanto isso vá lendo nossos materiais a respeito dos fundos imobiliários, que tenho certeza que lhe auxiliarão muito no início desta caminhada.
O Ebitda é uma aproximação da geração de caixa operacional da empresa. Ou seja, na prática, quanto mais Ebitda a empresa gera, melhor, visto que mostra que a empresa está conseguindo entregar resultados fruto de suas atividades operacionais.
Porém, é importante avaliar se esse Ebitda está de fato se convertendo em caixa, e por isso é sempre importante avaliar, especialmente nas DF’s de encerramento do ano, a geração de caixa operacional da empresa.
Ademais, avaliar apenas o Ebitda da empresa isoladamente não diz muita coisa em uma análise. Existem empresas, por exemplo, que apresentam um Ebitda crescente, mas por serem extremamente alavancadas e demandarem muito capital para investimento (capex), esse caixa nunca chega aos acionistas.
Gosto de empresas que geram bastante caixa, mas que também não queimem esse caixa com muitos juros e investimentos desnecessários.
Eu particularmente não sou muito adepto à estratégia de opções, pois limitam o seu upside e trazem mais componentes de incertezas para seus investimentos, além, é claro, de fazer com que você acabe tendo prejuízos em alguns casos.
Minha estratégia se baseia na acumulação de bons ativos, como FIIs e ações, reinvestimento de dividendos e aluguel de ações.
Entendo que opções podem auxiliar a rentabilidade do investidor, se forem utilizadas de forma correta, mas por serem também operações mais complexas e que envolvem outros fatores, eu não acho que o investidor iniciante deve se debruçar nisso.
Parabéns pela decisão de começar a investir em ações e fundos imobiliários para começar a construção de sua carteira previdenciária. Sem dúvida esse valor que você já possui para começar ajudará bastante a acelerar seu objetivo.
Sobre a alocação, dependerá muito do seu perfil e gosto. É bem relativo. Se você é um investidor que não tem muita tolerância à oscilação do mercado e quer uma maior estabilidade da carteira, o ideal seria concentrar mais em fundos imobiliários. Já se você não se importa em ter oscilações mais agressivas no seu patrimônio no curto prazo, o ideal hoje seria aproveitar as promoções em ações, e se expor mais a esses ativos.
Eu recomendo que você estude cada um dos ativos, empresas e fundos imobiliários, e vá alocando naqueles que você mais simpatiza , se sente seguro e entende.