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Felipe Tadewald

@felipetd

Especialista em investimentos da Suno Research.

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@felipetd em 11/07/2018

Sim, Renato. É uma estratégia que faz sentido.

Geralmente não gostamos de empresas cíclicas, pois apresentam grande volatilidade de resultados, inconsistência na geração de caixa e margens muito instáveis, porém, no caso de players importantes deste setor (Como é o caso da Gerdau) em períodos de baixa das commodities, as ações dessas empresas costumam negociar com grandes descontos frente seus ativos (p/vpa baixo), e podem representar grandes oportunidades para um carrego de médio prazo.

Quando as commodities voltam a valorizar, e o otimismo se acentua com essas empresas, geralmente ocorrem grandes valorizações, gerando um belo retorno ao investidor.

Vale lembrar que essa é uma estratégia de risco mais elevado, pois apesar de geralmente entregar retornos acima da média, não existe uma garantia que as commodities de fato se recuperarão, ou que a empresa em questão não acabará entrando em RJ, por conta de elevados endividamentos e resultados seriamente comprometidos.

@felipetd em 11/07/2018

Sua estratégia faz sentido, tendo em vista que Itaúsa, a holding do Itaú, é negociada com um bom desconto em relação às suas participações no Itaú, e paga mais dividendos que o investimento direto no banco.

Porém, vale lembrar que no caso de Itaúsa, existe sempre a possibilidade da empresa diluir sua participação em Itaú, adquirindo participações em novas empresas, como foi o caso ano passado, onde a Itaúsa adquiriu participação na Alpargatas.

@felipetd em 11/07/2018

Geralmente o comprador necessita fazer uma oferta pública para comprar também a participação dos demais acionistas minoritários, sendo que estes podem decidir se irão ou não vender suas ações.

Caso algum acionista minoritário deseje não vender suas ações, e as ações da empresa deixem de ser listadas na bolsa, então o acionista continuará na condição de sócio, porém não terá mais acesso à liquidez proporcionada pela bolsa.

@felipetd em 11/07/2018

Geralmente as ações têm suas negociações bloqueadas e não são mais listadas. Após a empresa arcar com suas obrigações, liquidando seus ativos para pagar suas obrigações trabalhistas e dívidas com terceiros, caso a empresa ainda tenha ativos a serem liquidados, esses podem ser vendidos e o investidor recebe essa parcela, porém isso é bastante raro, e empresas nessas situações geralmente não conseguem sequer pagar suas obrigações trabalhistas e dívidas, sendo que os acionistas acabam ficando sem nada.

 

@felipetd em 11/07/2018

Eu considero esses ativos muito bons, porém eu teria cuidado com Copel, que por ser estatal, sempre inspira cuidados, dado o risco de influências políticas.

@felipetd em 11/07/2018

Olá amigo, obrigado pela questão.

Antes de tudo, parabéns pelo interesse em investimentos e pelo desejo de procurar oportunidades mais rentáveis no longo prazo.

Eu não tenho dúvidas de que uma carteira focada em ações e fundos imobiliários no longo prazo tende a entregar retornos muito atrativos no longo prazo, acima dos demais instrumentos de investimentos.

E eu afirmo isso baseado em dados, como por exemplo, o histórico de rentabilidade das ações em inúmeros mercados estrangeiros, que foi muito superior ao retorno da renda fixa, como mostrado também no estudo “Triumph Of Optimists”

Os fundos imobiliários também tendem a entregar retornos bastante interessantes, já que pagam ótimos dividendos, tendem a se valorizar,  e são menos voláteis. Nos EUA, os Reits historicamente entregam retornos superiores que os retornos das ações, para termos uma ideia.

Assim, minha sugestão é que você se foque nestes ativos, porém, é importante reconhecer seu perfil, antes de tudo. Pode ser que você não se sinta confortável com uma grande exposição em renda variável, e neste caso, faz sentido “ir aos poucos” reajustando sua carteira conforme seu nível de conforto.

O importante é que você estude as opções de investimentos em renda variável (temos muitos artigos sobre fiis e ações) e  também reconheça seu perfil, e dessa forma, aos poucos você irá se sentindo confortável para construir sua carteira previdenciária de longo prazo.

Não tem problema que você comece com 10 ou 20% em renda variável, o importante é que você comece, e eu não tenho dúvidas que colherás ótimos resultados no longo prazo.

@felipetd em 11/07/2018

Sem dúvidas.

Apesar de existir um “mito” de que uma estratégia focada em dividendos não é boa para construção de patrimônio no longo prazo, isso não faz sentido, pois o próprio reinvestimento de dividendos permite um efeito poderoso dos juros compostos no longo prazo, ideal para quem está construindo patrimônio.

Se compararmos um gráfico ajustado de vários ativos pelos dividendos, com os mesmos ativos sem o reinvestimento de dividendos, a diferença de resultado é absurda. De fato, reinvestir os dividendos é EXCELENTE para construção de patrimônio, além, obviamente, de já proporcionar uma boa segurança ao investidor, com uma renda desde já.

Além disso, existem muitas empresas que crescem mesmo pagando bons dividendos, como é o caso de inúmeras empresas que temos em nossas carteiras, inclusive, que atuam em setores subpenetrados, com ROE elevados, e conseguem crescer mesmo sem realizar grandes investimentos.

Eu não tenho dúvidas de que uma carteira focada em dividendos e renda passiva, desde o início, é uma carteira vencedora no longo prazo, e que inclusive, pode entregar retornos ainda bem superiores que outros perfis de carteira, e principalmente, com muito mais segurança e menos volatilidade.

Isso quer dizer que empresas de “valor” devem ser descartadas? Não mesmo. Pois sempre há espaço para todos os perfis de empresas.

Além disso, as empresas “valor” tendem a entregar dividendos maiores no futuro, e provavelmente se tornarão ótimas pagadoras de proventos no longo prazo.

 

@felipetd em 11/07/2018

Olá amigo, tudo bem?

Investir em empresas saudáveis, rentáveis e com lucros crescentes é essencial para o investidor obter sucesso no longo prazo, visto que essas empresas são as que tendem a entregar uma rentabilidade maior no longo prazo, premiando seus acionistas com a valorização de suas ações, e também com bons dividendos.

Por isso, avaliar se a empresa é saudável é um ponto IMPORTANTÍSSIMO para o investidor.

Mas como saber se a empresa é saudável?

Existem inúmeros dados que o investidor pode obter para concluir se uma empresa é saudável. Dentre eles: Elevadas margens, forte geração de caixa, elevada rentabilidade sobre patrimônio, endividamento controlado (ou ausência de endividamento), lucratividade crescente, dentre outros.

O investidor pode ter acesso a esses dados nos próprios releases e demonstrações financeiras das empresas, ou mesmo em ferramentas gratuitas, como fundamentus, investsite, por exemplo.

É claro que entender esses aspectos e números para quem está iniciando não é fácil, e por isso, recomendo que leia nossos artigos gratuitos para começar a compreender melhor.

Caso o investidor não tenha muito tempo para avaliar e estudar esses dados, a nossa assinatura Premium é recomendável, visto que nela, realizamos análises exclusivas e filtramos ativos saudáveis para nossos assinantes investir.

 

@felipetd em 11/07/2018

Em uma boa parte dos casos, as ações PN entregam dividendos maiores, pois tem preferência no pagamento de dividendos, e portanto, podem fazer mais sentido numa carteira previdenciária de modo geral.

No entanto, é importante que essas ações tenham 100% de Tag along, justamente para garantir proteção ao investidor no caso de  movimentações societárias, venda de controle, etc.

Além disso, vale lembrar que no caso de muitas empresas as ações ON negociam com desconto frente às PN, o que as tornam opções ainda melhores para quem busca dividendos e uma carteira de valor para o longo prazo, já que o investidor poderá adquirir esses ativos com bons yields e múltiplos ainda menores.

Existe também uma boa parcela de empresas que as ON e PN pagam os mesmos dividendos (ITSA3-ITSA4, por exemplo), e neste caso, o investidor deveria procurar a que negocia com múltiplos mais atrativos.

@felipetd em 11/07/2018

Olá amigo, tudo bem? Eu avalio que uma exposição de até 20~30% nessa classe de ativos faz sentido. Obviamente que devem também se tratar de ativos de qualidade, com boa geração de caixa e elevada rentabilidade.

 

@felipetd em 21/06/2018

Bem como disse o makslane. Vá comprando a melhor oportunidade do momento, ou as melhores, e assim você vai diversificando. Por exemplo, digamos que este mês as melhores oportunidades estão em ITSA4, e em BCRI11 (fii), você pode comprar R$ 600 de ITSA4, e R$ 400,00 de BCRI11, por exemplo, dividindo os valores.

No mês que vem, vamos supor que a oportunidade maior esteja em Taesa, então você pode aplicar os R$ 1000,00 em TAEE11, e assim por dinate.

Aos poucos, dessa forma, você vai estruturando uma carteira previdenciária sólida e diversificada.

@felipetd em 20/06/2018

Eu avalio que ter empresas do segmento de seguros é essencial na carteira de qualquer investidor, já que neste segmento existem inúmeras empresas bastante rentáveis, com ótimo histórico de lucros, forte geração de caixa, elevada rentabilidade sobre patrimônio e que operam sem dívidas.

Como geram bastante caixa e operam com elevada rentabilidade, além de terem uma menor necessidade de capex, essas empresas costumam distribuir parcelas generosas de seus lucros aos acionistas, sendo que é comum encontrarmos empresas do segmento de seguros com yields atrativos.

Além disso, além de todas essas características positivas que marcam as empresas seguradoras, este segmento também é bastante subpenetrado e apresenta um potencial de crescimento acima da média, sendo que historicamente o setor de seguros cresceu muito acima do PIB, e também é um setor que apresenta uma menor ciclicidade, o que confere às empresas seguradoras uma boa previsibilidade e recorrência na geração de caixa.

Gosto bastante do setor de seguros e entendo que todo investidor deveria ter ao menos uma empresa do segmento na carteira.

 

@felipetd em 20/06/2018

Olá amigo, obrigado pela sua ótima pergunta. Eu gosto muito dos fundos de papel, e tenho eles em grande parcela da minha carteira há um bom tempo, justamente por entender que eles oferecem rentabilidades atrativas, e possuem um risco que considero baixo.

Como cada fundo possui uma carteira bastante diversificada de CRIs, e cada um desses CRIs, muitas vezes possuem cada um deles muitos devedores diferentes, podemos afirmar que o risco nesses fundos costuma estar bastante diluído. Além disso, existem vários fundos de papel que possuem operações muito bem estruturadas, tendo empresas sólidas como devedoras, e operações que contam com garantias robustas, sobrecolateral, fianças, etc.

Hoje existem muitos fundos de recebíveis que possuem inúmeros papéis com taxas que variam de 6 até mais de 10 ou 11 acima da inflação, o que na prática garante uma rentabilidade muito atrativa ao investidor e muito acima do CDI ou dos produtos básicos de renda fixa.

De fato, investir nesses fundos não faria sentido caso eles entregassem retornos similares a um CDB, ou a uma NTN-B, por exemplo, mas na prática a rentabilidade que eles entregam, também potencializada pelo efeito do reinvestimento de dividendos, é bastante elevada.

Vale lembrar que os fundos imobiliários possuem isenção de IR na distribuição de dividendos, ou seja, os rendimentos que o investidor recebe em conta não são tributados, o que confere a esses produtos uma grande vantagem frente as demais opções.

@felipetd em 20/06/2018

Basicamente, eu gosto de avaliar nos bancos vários indicadores, como o ROE, que demonstra a capacidade desse banco em gerar resultados e remunerar seu patrimônio, o índice de eficiência, que dá uma ideia justamente da eficiência operacional do banco e sua capacidade de gerenciar despesas, além da basileia, que demonstra o nível de liquidez do banco. Quanto maiores os níveis de basileia, mais capitalizado o banco está.

Além desses, existem outros indicadores importantes, como o NPL, o PDD, que indicam a qualidade da carteira e os níveis de inadimplência, dentre outros.

Caso tenha interesse em entender mais profundamente sobre os indicadores a serem considerados em cada setor, recomendo assistir o último Suno Responde, publicado ontem no dia 19 de junho.

@felipetd em 20/06/2018

Eu não entendi muito bem sua pergunta. O ideal normalmente é o investidor avaliar os múltiplos das empresas individualmente e compará-los com os de empresas que atuam no mesmo setor, para termos uma comparação justa. Além disso, avaliar apenas um múltiplo isoladamente não é muito correto em uma análise, já que o investidor vai deixar de considerar inúmeros outros fatores.

Por exemplo, uma empresa com um P/VPA de 10 pode parecer muito cara, porém, se essa empresa possui um ROE muito alto, de por exemplo, 100%, isso na prática demonstra que a empresa consegue entregar um retorno equivalente a 100% do seu patrimônio líquido todo o ano. Se essa empresa não distribuir nada em dividendos, seu patrimônio irá basicamente dobrar, todos os anos. Por isso, para esse perfil de empresa, pagar um P/VPA alto pode fazer sentido.

Do mesmo modo, uma empresa com P/L 5 pode parecer barata, mas pode estar com sérios problemas em seu balanço ou suas operações, o que pode vir a comprometer drasticamente os resultados futuros, inclusive levando a empresa a ter prejuízos. Ainda, é sempre bom levar em consideração eventos não recorrentes, que podem distorcer os múltiplos.

Enfim, analisar múltiplos é importante, mas é apenas uma parte da análise. O investidor deve sempre avaliar “o conjunto da obra”, avaliando a gestão, os números, o histórico, o setor, as margens, dentre outros fatores, para chegar a uma conclusão.