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Alberto Amparo

@alberto

Analista CNPI e especialista em investimentos da Suno Research. Responsável pela carteira Suno Internacional.

São Paulo, SP Membro desde 2018
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@alberto em 05/06/2019

Eu não sei especificamente quais são as relações tributárias que o Brasil tem com a França.

Com relação aos Estados Unidos, após preencher o formulário W-8BEN, o brasileiro fica isento de pagar imposto sobre ganho de capital nos Estados Unidos. Também é isento da alíquota de dividendo no Brasil, pagando apenas imposto sobre dividendos nos Estados Unidos (a mesma aliquota que o americano tem que pagar).

Se a França nao tiver tratado com o Brasil, é possível que você tenha que pagar imposto sobre dividendo duas vezes (na França e no Brasil), além do ganho de capital.

Eu sei que existem diversos ativos europeus que podem ser comprados através de ADRs nos Estados Unidos, portanto se o seu intuito é investir em empresas globais, não consigo imaginar um lugar melhor para abrir conta do que nos EUA.

A bolsa da França sem dúvida possui oportunidades, mas não me aprofundei em ativos franceses para te dar algum exemplo.

 

@alberto em 05/06/2019

Diferente do Brasil o mercado americano tem uma taxa de imposto bem elevada sobre heranças, chegando a 40% do capital.

Se uma pessoa tem 1 milhão vão ser taxados em impostos 261 mil dólares, pois existe um valor de isenção pra começar a ser cobrado.

Se você for não residente esse valor de isenção cai e você passaria a pagar 376 mil dólares.

Existe uma forma simples de contornar esse problema que seria abrir um conta conjunta, no mercado de ações temos duas modalidades de conta conjunta:

  • Joint Tenants with Rights of Survivorship
  • Joint Tenants in Common

A primeira é a que interessa pois a conta do tipo Joint Tenants with Rights of Survivorship da os mesmos direitos para a parte conjunta mesmo com morte de um dos membros, ou seja o membro sobrevivente “herdará” o valor total das partes do outro membro dos ativos da conta após a morte do outro. Todos os membros tem o poder de conduzir operações de investimento dentro da conta.

Caso contrário, um testamento serve para definir para quem vai os bens após a morte, limitado a 50% do patrimônio. Os outros 50% são definidos pela lei. Caso não haja testamento, os 100% são definidos em lei.

@alberto em 05/06/2019

Se você comparar os índices (que são um aglomerado de muitos ativos disponíveis no mercado) – NAREIT vs o SP500, o NAREIT teve um retorno superior ao S&P500.

Os REITs existem a menos tempo, então não podemos comparar num espectro de templo tão amplo quanto  disponível para o S&P500.

Nos últimos 20 anos o SP500 retornou 9,5%a.a. nominal e os REITs retornaram em média 12% ao ano.

Agora, se analisarmos ativos individualmente, as ações de empresas possuem um potencial de rentabilidade maior. Pense que no índice que retornou 9,5% ao ano temos empresas que foram a falência e empresas que retornaram 1000% em 5 anos. No índice dos REITs, os ativos estão muito mais próximos da média, com casos excepcionais retornando 20%+ por ano e casos que também tem performance ruim, mas em geral eles estão muito mais próximos do retorno do índice.

O que vai render mais no longo prazo vai depender da sua estratégia, do seu círculo de competência e do seu emocional no mercado. Não existe uma resposta padrão.

@alberto em 05/06/2019

Sim, se você abrir conta na DriveWealth você poderá comprar ativos da NYSE e da NASDAQ e também ADRs de empresas estrangeiras.

A DriveWealth em especial possui 3390 ativos se não me engano, o que é mais do que suficiente para ter excelentes retornos, porém eles focam em empresas com valor de mercado superior a US$ 1 bilhão, por isso se você estiver interessado em empresas muito pequenas (microcaps) sugiro que você abra conta na Interactive Brokers ou na TDAmeritrade.

@alberto em 05/06/2019

Vale a pena investir dentro do nosso círculo de competência, ou seja, investir em empresas que de fato você entenda a qualidade dos lucros, as vantagens competitivas e a perenidade do setor, independentemente do tamanho.

Como um investidor de ações individuais e não de índices, vejo que as small caps possuem um potencial maior de rentabilidade por alguns motivos.

Primeiramente existe um número menor de instituições cobrindo essas empresas, logo se o analista tiver uma “sacada” sobre um ativo pouco olhado pelo mercado, essa sacada terá um valor maior pois menos indivíduos qualificados dão atenção a esse ativo.

Elas possuem menor liquidez, por isso é dificil para indivíduos com muito capital montar e sair de posições nessas empresas. Um investidor individual tem a vantagem de ser sua própria opinião e ser imune a volatilidade de curto médio prazo.

Também, o próprio tamanho das large caps é um empecilho para que elas cresçam em níveis elevados. É mais plausível que uma empresa de US$ 500 milhões multiplique por 10 em 10 anos do que uma empresa de US$ 300 bilhões. Claro que devemos analisar cada caso em particular.

 

Agora, se analisarmos os índices, é possível que as large caps rendam mais em determinados períodos, uma vez que olhando o índice de small caps, estarão contidas nele empresas boas e empresas ruins, com um percentual de empresas mal sucedidas maior do que quando selecionamos empresas gigantes e consolidadas.

 

@alberto em 05/06/2019

Existem várias maneiras diferentes usadas para analisar a alavancagem de um REIT e não existem números certos para dizer se a alavancagem é excessiva ou não, depende da elasticidade e previsibilidade da receita dos negócios do REIT analisado, e das peculiaridades do setor em que ele atua.

O índice de cobertura de juros mede o montante pelo qual todos os pagamentos de juros da dívida são cobertos pelo NOI (net operating income), ou EBITDA  do REIT.

É calculado dividindo o NOI ou o EBITDA por despesas de juros.

Lembre-se de que o EBITDA inclui receita não operacional, enquanto a NOI não. O índice de cobertura de juros pode ser calculado nos dois sentidos.

Tenha em mente que o NOI e o EBITDA do REIT provavelmente serão maiores durante condições econômicas ou de mercado favoráveis, o que elevará o índice de cobertura de juros (mantendo a despesa de juros estável).

Quanto maior o índice de cobertura de juros, melhor. Não existe um nível específico que seja considerado atraente ou pouco atraente.

No entanto, abaixo de 1,0 significa que o REIT assumiu muita dívida e as despesas com juros são muito altas em relação ao lucro operacional atual. Geralmente, os investidores buscam um índice de cobertura de juros de 2,0x ou superior. Como a despesa de juros é um custo importante para os REITs, poder pagá-la é fundamental para o sucesso a longo prazo da empresa.

Outro indicador da dívida é a dívida em relação ao valor do ativo, que é calculado dividindo a dívida total pelos valores totais do ativo (uma estimativa dos valores de mercado justos das propriedades de uma REIT).

De um modo geral, um indicador superior a 50% pode ser considerado mais arriscado.

O índice dívida liquida / EBITDA, dívida líquida / NOI ou dívida líquida / FFO são medidas medida adicional de alavancagem.

Os investidores podem olhar para um setor de REITs para determinar que nível de dívida é “aceitável” – se os fluxos de caixa forem protegidos por arrendamentos de longo prazo e os ganhos forem mais estáveis ​​ao longo do tempo, um REIT poderá sustentar um nível mais alto de dívida.

@alberto em 05/06/2019

Revenue é a receita, ou seja, é o total de vendas ou o total de dinheiro que “entrou pela porta” da empresa num determinado período de tempo.

O turnover é um conceito contábil que calcula a rapidez com que um negócio conduz suas operações. Na maioria das vezes, o turnover é usado para entender a rapidez com que uma empresa coleta dinheiro do contas a receber ou com que velocidade a empresa vende seu estoque. Seria o tempo que leva para que a empresa transforme algum ativo circulante operacional em caixa.

Agora, o conceito de “overall turnover” é um sinônimo para o total de receitas

@alberto em 05/06/2019

O grande lema do mercado de ações é: “compre na baixa e venda na alta”.

 

Esta frase pode fazer sentido, mas não nos dá uma direção bem estabelecida, de modo que o investidor iniciante pode ficar confuso, afinal, o que é alta e o que é baixa?

 

Há uma frase de Buffett, na qual ele diz que “preço é o que você paga, valor é o que você leva”. Este pensamento de Warren Buffett é a explicação mais sutil possível acerca da diferença entre preço e valor. Deste modo, podemos dizer que “comprar na baixa e vender na alta” é o mesmo que “comprar barato e vender caro”. Porém, isso ainda carece de melhores esclarecimentos.

 

Para o bom entendimento do conceito de valor no âmbito do mercado de ações, assim como trazido pelo Oráculo de Omaha em sua fala, citada acima, é necessário estar ciente do conceito de valor intrínseco.

 

Os investidores de valor possuem como uma das premissas mais básicas a intenção de comprar ativos abaixo do seu valor intrínseco. Isso pode ser entendido como “comprar barato”.

 

Já no que diz respeito à parte da venda, na minha visão de investimentos, acredito que esta deve ser realizada, geralmente, sob três circunstâncias:

 

  1. Surgimento de melhores oportunidades;
  2. Preço sobrevalorizado e valuation caro, diminuindo a margem de segurança e reduzindo a capacidade de entrega de bons dividendos; e
  3. Perda de fundamentos e deterioração.

 

A segunda circunstância é justamente “vender caro”, isto é, acima do valor intrínseco, num patamar que há vantagens significativas em realizar o lucro.

 

Neste ponto, eventualmente nos questionaremos sobre qual é o real valor de uma empresa ou ação, isto é, seu valor intrínseco. Não é suficiente realizar um investimento com base numa boa ideia, ou na crença de ser um bom negócio, é preciso comprá-lo a um preço justo.

 

O valor intrínseco não é uma informação conhecida, de modo que cabe ao investidor analisar uma série de fatores “fundamentais” e como eles influenciam na capacidade da companhia de gerar lucros e caixa. No caso do investimento em valor, geralmente se dá ênfase aos fatores tangíveis, incluindo o fluxo de caixa.

 

Após realizar a estimativa do valor intrínseco com base nas premissas consideradas, o investidor deve operar com margem de segurança, para proteger o investimento de eventuais erros em sua estimativa. Além disso, segundo Benjamin Graham, o potencial de retorno é maior quando se realiza um investimento adotando grandes margens de segurança.

 

Diante de uma estimativa do valor intrínseco, é necessário comprar o ativo no preço certo, mas para isso, é preciso saber em que os preços se baseiam.

 

No longo prazo, o preço tende a oscilar em torno do valor intrínseco, se referindo à capacidade da companhia de utilizar o capital dos acionistas para gerar retorno.

 

Já no curto prazo, os preços são amplamente afetados por diversos fatores “não-fundamentais” (não relacionados aos fundamentos da empresa). Dentre estes fatores, podemos destacar o psicológico, que é capaz de gerar flutuações suficientes para que bolhas econômicas sejam estabelecidas, levando o preço a patamares que se desconectam do valor.

 

Os fatores psicológicos influenciam as atitudes de outros investidores, consequentemente, influenciando as nossas próprias atitudes. Por isso, é importante buscar entender a “psicologia do mercado”, além de tentar manter nosso próprio psicológico alinhado com os fatores fundamentais durante as tomadas de decisão, evitando armadilhas psicológicas que comprometem o desempenho do investidor.

 

Por fim, aproveito para ressaltar a importância de estar ciente de que comprar barato não é garantia de um bom investimento. Eventualmente, os investidores podem se enganar sobre o valor intrínseco de uma companhia, eventos externos podem reduzir seu valor, ou também, o preço pode permanecer por longos períodos sem convergir para o valor. Além disso, deve-se analisar caso a caso, ainda que se observe um grande desconto no preço em relação ao valor intrínseco.

 

Segundo Howard Marks: “Tentar comprar um ativo por preços abaixo do valor intrínseco não é infalível, mas é a melhor chance que se pode ter”.

 

Valor pode ser crítico, mas não tem sentido sem a perspectiva de preço.

@alberto em 05/06/2019

O mercado americano é de fato menos volátil do que o mercado Brasileiro e os mercados emergentes em geral.

Dizem que investimento no exterior é melhor para pessoas experientes.

Primeiramente volatilidade não é igual a risco (ao contrário do que dizem os acadêmicos) – como diria Warren Buffett, Howard Marks, Joel GreenBlatt e muitos outros indivíduos que de fato fizeram fortunas no mercado de ações: risco advém da probabilidade de perda permanente de capital e a volatilidade é indiferente para aquele que compra evidências e sabe o que está fazendo.

Agora, levando em conta que somos brasileiros, naturalmente temos um conhecimento inerente da cultura e dos hábitos de consumo brasileiros muito maior do que do mercado americano.

Por isso, ao estudarmos empresas no Brasil, para investir para o longo prazo e com mentalidade de sócio, temos uma vantagem pois conseguimos ter uma analise qualitativa das vantagens competitivas e da qualidade do business e da gestão.

O mesmo não se pode dizer para empresas americanas, pois a maioria dos brasileiros não tem experiência em outros países e como consequência tem um julgamento prejudicado ao fazer analises sobre a geração de caixa futura de empresas. Acredito que por esse motivo dizem que é necessário experiência para investir fora.

Para se ter uma ideia de como os mercados emergentes (MSCI EM) são mais voláteis do que o mercado americano (S&P 500), veja que o retorno anualizado foi quase igual (11% vs 10,2%) porém a “montanha russa” de oscilações em mercados emergentes é muito mais radical.

Se quiser ter acesso a recomendações, relatórios e tutoriais de investimento no exterior, sugiro que você confira:

https://www.suno.com.br/nossas-assinaturas/investindo-exterior/

@alberto em 05/06/2019

Book value = valor patrimonial

Logo, preço / valor patrimonial é igual a price to book (price / book) e price to book value (price to book value), pois são a mesma coisa.

Price to tangible book é diferente, pois estamos apenas utilizando os ativos tangíveis da empresa na contabilização do book value. Exclui-se do valor patrimonial, portanto, os intangíveis da empresa (Goodwill por exemplo). O price to tangible book tende a ser maior do que o price to book por esse motivo (tangible book é menor do que só book).

@alberto em 05/06/2019

Não existe um número correto de ações para possuir em seu portfólio, você deve adaptar a quantidade de ativos ao o número de oportunidades que o mercado oferece, num determinado momento.  Oportunidades são situações em que o preço não reflete corretamente o valor intrínseco da empresa, estando subprecificado.

Citando um exemplo dado pelo mestre Warren Buffett, coincidentemente abordando uma carteira com 6 ações:

 

“Se você conseguir identificar seis empresas maravilhosas, essa é toda a diversificação que você precisa. E você ganhará muito dinheiro. E posso garantir que entrar em uma sétima, em vez de colocar mais dinheiro na primeira, é um erro terrível. Muito poucas pessoas ficaram ricas em sua sétima melhor ideia. Mas muitas pessoas enriqueceram com sua melhor ideia. Por isso, eu diria que, para quem trabalha com capital normal e conhece realmente as empresas em que se dedicou, seis são muitas e provavelmente eu tenho metade do que mais gosto. Eu não diversifico pessoalmente”.

Para dar-se ao luxo de possuir 6 ações na carteira, portanto, o investidor deve ter estudado e entendido profundamente as empresas que possui, usufruindo de um margem de segurança (discrepância entre preço e valor).

Um indivíduo médio, que não é um investidor profissional, deve sim usar a diversificação como forma de proteção contra a própria ignorância, e não digo isso de forma pejorativa.

@alberto em 05/06/2019

Todos os BDR’s não patrocinados (que são a maioria, excluindo Biotoscana, Wilson Sons, GP Investments e BCO Patagonia) são necessários ser investidor qualificado para adquirir.

Para ser um investidor qualificado, o indivíduo deve declarar que possui mais de R$ 1 milhão de patrimônio.

Um jeito simples de investir internacionalmente sem ser investidor qualificado é abrindo conta numa corretora nos Estados Unidos (o que demora 5 minutos e só precisa de RG e comprovante de residência), onde você pode comprar mais de 3000 ativos tanto americanos quanto do resto do mundo, através de ADRs (equivalente aos BDRs, mas nos EUA e com muitas opções).

Para aprender abrir conta em corretora nos EUA:

https://www.youtube.com/watch?v=qGo2EA03JWc

 

Se quiser ter acesso a recomendações, relatórios e tutoriais de investimento no exterior, sugiro que você confira:

https://www.suno.com.br/nossas-assinaturas/investindo-exterior/

@alberto em 05/06/2019

É impossível prever as futuras variações do dólar, sendo uma mera especulação (pode tanto subir como cair).

O que sabemos é que a inflação nos Estados Unidos é inferior a do Brasil (EUA aproximadamente 2% e Brasil 4%).

Ou seja, no longo prazo o dólar tende a apreciar em relação ao real (desvalorizar menos, podemos dizer).

Como o dólar não está muito longe do real se corrigirmos pela inflação, o câmbio não nos diz nada sobre oportunidades fora do Brasil.

Como diria Peter Lynch, “se você gastar 14 minutos estudando macroeconomia, você desperdiçou 12 minutos.”

Nós somos investidores de valor, compramos ativos individualmente, estudamos caso a caso no âmbito da microeconomia.

Nos Estados Unidos existem mais de 3000 empresas, e sem dúvida diversas delas se encontram descontadas com relação ao valor intrínseco.

Como investimos com mentalidade de sócio, pensando em segurar os ativos por anos, pouco importa a volatilidade no câmbio.

Buscamos empresas em nosso círculo de competência, com vantagens competitivas, e que possam gerar valor durante os anos, com um ROIC sustentável acima do custo de capital.

Recomendo que o investidor tenha sempre parcela de seu portfólio diversificado em moeda forte (dólar) e em país emergente (real), variando a exposição mediante ao número de oportunidades que você encontrar.

Assim nos blindamos de diversas incertezas e é possível minimizar a volatilidade afinal a bolsa americana e brasileira normalmente são antagônicas (não que isso importe).

 

Se quiser ter acesso a recomendações, relatórios e tutoriais de investimento no exterior, sugiro que você confira:

https://www.suno.com.br/nossas-assinaturas/investindo-exterior/

@alberto em 17/05/2019

Primeiramente você não deve julgar a sua rentabilidade no curto – médio prazo, pois as variações em um pequeno período de tempo não refletem mudanças no valor intrínseco das empresas, e sim mudança nas opiniões das pessoas, o que é irrelevante para o valor real das empresas (capacidade de gerar caixa).

Uma vez que você investe com mentalidade de sócio, conhecendo as empresas que você possui, e comprando os ativos com base nos fluxos de caixa que eles irão gerar nos anos por vir em relação ao preço que você pagou, acho que uma rentabilidade mínima que você deve aceitar seria 7% ao ano real (descontando a inflação).

Digo isso pois esse é o retorno histórico do S&P 500 (índice das 500 maiores empresas dos Estados Unidos). Se você não conseguir uma rentabilidade superior a essa escolhendo ações individuais, então é melhor você indexar seus investimentos ao S&P 500, o que pode ser feito através da compra do ETF IVVB11.

Se você quiser ter acesso a relatórios completos e análises feitas por profissionais qualificados e que entendem de investimento em valor, sugiro que você assine a Suno Research.

 

https://www.suno.com.br/nossas-assinaturas/

@alberto em 17/05/2019

Para você saber o melhor momento para sair de um investimento, primeiramente você deve conhecer profundamente as empresas nas quais você investiu.

No caso de fundos de investimento, você pode olhar no site da CVM a posição da carteira do seu fundo e ver as empresas que eles tem participação.
O problema é que as pessoas entram em fundos de investimento sem ter a menor noção do que estão fazendo.

Comprar um fundo exclusivamente porque a cota subiu bastante no último ano, por exemplo, é um erro gigantesco. Se você sabe que a gestão do fundo é composta por profissionais capacitados, o melhor momento de entrada seria exatamente quando as cotas estão performando mal, uma vez que se esse fundo investe em boas empresas, é quando a cotação dessas empresas cai que elas estão mais subvalorizadas.

Um exemplo para vermos como as pessoas são emocionais e investem sem conhecimento do que estão fazendo é o caso de Peter Lynch.

Peter Lynch foi um dos maiores gestores de fundo de todos os tempos, comandando o Magellan Fund por 13 anos, e tendo um retorno médio de 29,2% ao ano durante esse período (quem investisse do começo ao fim teria seu patrimônio multiplicado por 28 vezes).

Porém, 4 a cada 5 cotistas do fundo de Peter Lynch perderam dinheiro. Por que?

Pois as pessoas compravam cotas do fundo quando viam que elas estavam subindo, e vendiam em desespero quando as cotas caiam. Se pararmos pra pensar, o oposto é muito melhor.

Investimento é algo para longo prazo. Se você quer investir em fundos de investimento, escolha uma gestão comprovadamente bem sucedida e coloque seu dinheiro sem tentar prever oscilações de curto / médio prazo.

Como diria Warren Buffett:

“Ninguém compra uma fazendo pensando se vai chover mês que vem. Compram pois acham  que é um bom investimento para os próximos 10 – 20 anos. Para ações, que são parcelas de empresa, vale a mesma coisa: se você não está disposto a segurar suas participações por 10 anos, não tem que segura-las nem por 10 minutos.”