Com a alta da taxa de juros, os investimentos em renda fixa voltaram a atrair a atenção dos investidores no geral. Com opções em renda fixa chegando na faixa de 10% a.a., alguns estão abandonando a renda variável. Com respeito ao índice IRF-M +1, que é um índice baseado em títulos públicos federais de renda fixa pré-fixados de longo prazo, seria agora uma boa oportunidade para investir em Fundos de Investimentos atrelados a esse índice, sendo que estamos em uma tendência de alta da taxas de juros desses títulos pré-fixados?

Fala, João! Na minha opinião, ainda não é o momento por conta do atual cenário macroeconômico. O risco eleitoral, por exemplo, é grande. Inclusive, em questão de meses a nossa curva de juros mudou de patamar, e com a piora do cenário nada impede dela continuar “abrindo” (taxas de juros futuras subindo), impactando negativamente os títulos prefixados.  

Fala, João!

A taxa nominal é 10% a.a., porém, se você descontar a inflação e os impostos, terá uma taxa real de aproximadamente 0,8% a.a.

Um título de renda fixa atrelado ao IPCA te paga um prêmio por volta de 4% a.a., nesse caso juros reais.

A análise deve ser feita de forma global, não apenas olhando a taxa que aparece em uma tabela.

Tem muitas variáveis que impactam essas taxas, como, por exemplo, juros futuros, que são, basicamente, expectativas do cenário fiscal do país.

Espero que tenha ajudado.

Abraço!

Olá João, tudo bem?

A estratégia é interessante, mas tem dois pontos de atenção na minha opinião:

1 – O momento. Ainda muito arriscado. A pressão inflacionária está forte. Energia elétrica e combustível ainda contribuirão muito para a alta da inflação. Nada definido sobre a curva de juros. Você pode fazer um ótimo negócio travando as taxas no pré-fixado, mas acho que não no momento atual. Risco absurdo.

2 – O veículo para exposição aos títulos pré-fixado. Precisa ter custo competitivo e gestão eficiente, do contrário é melhor pegar Tesouro.

Abraços e ótimos investimentos