Tiago Reis
@tiagoguitian
Analista de investimentos (CNPI) e sócio-fundador da Suno Research.
Você pode vender até R$20 mil por mês independente do valor comprado.
A minha esperança é que o governo um dia atualize pela inflação este valor, que é mantido em R$20 mil faz pelo menos uns 15 anos. Se ajustassem por inflação seria uns R$50 mil por mês, pelo menos.
Um capital inicial de R$6 mil e mais R$1,5mil por mês de aportes é excelente. É mais do que a 95% dos brasileiros conseguem poupar. Desta forma, você está mais do que apto para iniciar a sua carteira visando dividendos.
É importante sempre lembrar que este é um projeto de longo prazo. Os resultados vão começar a serem sentidos depois de alguns anos.
Investir no setor bancário existe risco sim. É um segmento que opera com muita alavancagem: tomar dívida e emprestar este dinheiro levantado é a atividade principal das instituições.
Os principais riscos envolvem a qualidade da carteira de crédito e a liquidez do banco.
Uma carteira cheia de créditos “podres” (com muita inadimplência) pode reduzir lucro, trazer prejuízos e eventualmente até quebrar a instituição.
Já uma instituição que se financia com títulos de curto prazo e empresta no longo prazo, pode sofrer uma crise de insolvência caso não consiga “rolar” seus títulos.
É importante lembrar que o sistema financeiro brasileiro é bastante sólido, até por conta da baixa competição no segmento. As elevadas tarifas fazem com que a atividade de crédito seja realizada com maior critério, uma vez que não existe a pressão de concessão de crédito que existe em outros países.
Sim, os estádios de futebol podem fazer parte de fundos imobiliários.
Inclusive o Estádio do Corinthians faz parte do Arena Fundo de Investimento Imobiliário, que é um fundo que não tem liquidez em bolsa. Este empreendimento foi envolvido em algumas denúncias de corrupção.
Mas eu confesso que eu não tenho interesse em adquirir cotas de estádios: são ativos que ficam a maior parte do tempo sem utilização, e por conta disso o aluguel por metro quadrado dificilmente ofereceria um retorno interessante aos cotistas. Além disso, a situação financeira dos clubes de futebol (principais inquilinos) é sofrível no Brasil.
Lembrando que este número que o Baroni falou seria somado a inflação.
Como disse o Baroni, o mais importante é dar o primeiro passo.
Fundos imobiliários não são um bicho de sete cabeças, e você vai aprender muito na prática.
E é um investimento de menor risco que ações, portanto mesmo que você cometa um ou outro erro, dificilmente vai perder um patrimônio relevante. Ainda assim, comece um pouco. Quando ganhar confiança você poderá aumentar.
Se quiser aprender sobre fundos imobiliários, que acredito ser um ótimo investimento para quem está começando, nós preparamos um curso gratuito: https://www.suno.com.br/minicursos/fundos-imobiliarios
Além dos pontos que o Professor Baroni levantou, eu citaria também os riscos de imóveis tradicionais: aumento da taxa de juros e aumento de vacância.
Eu acredito que o seu “preconceito” tem um certo embasamento.
A maioria dos fundos imobiliários que utilizaram-se da RMG (renda mínima garantida) foram compostos com ativos problemáticos e que não possuiam renda suficiente para atrair investidores interessados somente no Dividend Yield.
E o que aconteceu no fim da RMG? Uma queda brusca da renda e consequentemente das cotações.
Portanto, quando eu vejo RMG eu já fico alerta. Acredito que o mercado esta seguindo este pensamento também. Não a toa, cada vez menos oferta vem a mercado com a RMG.
O Baroni tratou deste assunto também neste artigo: https://www.suno.com.br/artigos/como-gerenciar-sua-carteira-de-fundos-imobiliarios/
Em teoria, o objetivo do follow on é aumentar os ativos dos fundos imobiliários, trazendo bons negócios para dentro do fundo e ganhando escala que poderia ser repassada para o investidor através de menores taxas de administração.
Na prática, o que eu vejo muito, são gestores querendo fazer follow on pois sua remuneração é proporcional ao tamanho do fundo.
Por isso, os investidores devem ser muito atentos a gestão e seu histórico na hora de participar de um follow on ou ivnestir em um fundo que pretende fazer ofertas subsequentes.
Ligue para sua correta e expresse o desejo de participar do leilão das sobras da subscrição.
O investidor não deve considerar o valor nominal do preço do ativo em sua decisão de investimento.
Se a cota custa R$10,00 ou R$1.000,00 não importa. O que importa são os ativos que existem por trás deste valor.
As vezes um fundo mais caro pode ser melhor do que um FII mais barato. Acho que o melhor exemplo disso é SHPH11, um fundo que vale cerca de mil reais por cota, e que sempre foi um excelente investimento.
Isso contrasta com o o XTED11 que vale na casa dos R$20,00 e que foi um péssimo investimento ao longo do tempo.
Portanto, desconsidere o valor nominal. Estude o FII, veja seus ativos e seu valuation (dividend yield, preço por metro quadrado, etc.).
Ao longo do tempo as ações apresentaram um desempenho bastante superior a inflação em quase todos os mercados.
Porém, não da para dizer que a proteção seja 100% segura, sobretudo no curto prazo.
O mesmo acontece com imóveis: a “proteção”, se é que ela existe, ocorre no longo prazo.
Os dividendos serão depositados na conta da nova corretora.
É importante lembrar que se você recebeu dividendos na primeira corretora, e manteve esses dividendos em caixa, esse recurso permanecerá na primeira corretora até segunda ordem.