Tiago Reis
@tiagoguitian
Analista de investimentos (CNPI) e sócio-fundador da Suno Research.
Como o Makslane disse, eu prefiro não ter mais de 20% em uma única empresa e 30% em um setor.
Mas como você está no começo pode ser quebrada esta regra, pois o que você irá poupar no resto da vida é bastante representativo frente ao valor presente de sua poupança.
Portanto, nos primeiros anos essa regra não vale tanto, mas a partir do segundo ou terceiro ano o ideal é que você vá caminhando para respeitar esta regra.
Vai do perfil de cada um.
Você como servidor público, que possui maior estabilidade (apesar de não ser 100% estável – olhe o que acontece com os servidores do RJ), pode se dar ao luxo de ter uma reserva proporcionalmente menor do que profissionais liberais de setor cíclicos como arquitetos e decoradores.
Possuir três meses de reserva para o seu caso me parece suficiente. Vale lembrar que investir em ações pode ser considerado parcialmente uma reserva. Não é ideal ter que acionar as reservas que vocÊ tem em ações, mas se for em caso de urgência, as ações estão lá e podem ser vendidas.
Repetindo: o ideal é que não cheguemos a esta situação, mas se acontecer algo maior, as ações podem ser vendidas também. Obviamente, que você fica refém das cotações do mercado que podem ser maiores ou menores do que o valor que você investiu.
Nós cobrimos boas empresas, independente do tamanho.
Unipar e Senior Solution, que foram excelentes recomendações até agora, não são small caps?
O que vejo alguns nos cobrando é por fazer um relatório exclusivo sobre small caps. Isso podemos fazer no futuro.
Isso é muito individual.
Conheço investidores, como o professor Baroni, que tem 100% de seu patrimônio em FII´s.
Existem outros investidores, como Buffett e Luiz Barsi, que possuem praticamente todo seu patrimônio em ações.
Cabe a você se conhecer e ver qual o seu estilo de investimento?
O que eu indico? Que você aloque o seu capital das sobras mensais de seu orçamento na melhor oportunidade daquele momento, seja FII ou ação.
Ao longo do tempo, é natural que você tenha uma carteira equilibrada entre as classes de renda variável.
Todo dia o mercado muda: seja a cotação das empresas como também os fundamentos das empresas (estes são mais raros de mudar, e isso não acontece diariamente).
As indicações são avaliadas individualmente conforme as mudanças do mercado ocorrem. Desta forma, não existe uma obrigatoriedade de nossa parte de mudarmos nossa carteira em nenhuma periodicidade.
Vale lembrar, que não temos incentivos de mudar a carteira e incentivar o giro de carteira, que gera custos de corretagem e pagamento de impostos em caso de lucro.
Não existe imposto cobrado na compra de ações. Existe apenas o custo de corretagem da sua corretora e os emolumentos da bolsa.
Obviamente, será cobrado imposto de renda no momento que você realizar a venda de suas ações se tiver lucro.
No momento estas ações não nos interessam. Empresas possuem dívidas enormes e não estão apresentando resultados bons.
Eu não conheço este sistema que você descreveu. Mas eu vejo que diversos produtos/serviços estão mudando seu modelo de negócios para o modelo de assinatura.
Vejo isso como positivo, em geral. Barateia para o consumidor e aumenta a qualidade.
O preço das sobras de subscrições vai ser o mesmo da subscrição. Provavelmente, o volume de sobras tende a ser bem baixo, uma vez que são poucos os investidores que não exercem o seu direito.
A) investir pela PF pode ser vantajoso para quem gosta de receber dividendos e não pretende vender (e assim não pagar IR)
B) Eu não sou perito, mas até onde sei é bem desvantajoso investir através da PJ. Eu recomendo que você fale com um advogado tributarista.
Eu gosto do investimento através de Clube de Investimentos.
Por alguns motivos:
A) Você posterga o pagamento de IR nas negociações de ações.
B) Você pode fazer operações que seriam mais trabalhosas para o investidor PF, como financiamento com opções.
C) Permite que você reuna pessoas em torno de um tema interessante que é o investimento.
Eu comecei a investir através de clubes, e incentivo a idéia. É uma pena que poucas corretoras incentivem os seus clientes a operarem através de clubes de investimentos.
Obviamente, leve em consideração que existem custos para abrir um clube. Geralmente, quanto maior for o seu capital investido menor será a taxa paga.
Pela minha experiência, eu não vejo muito como o pequeno (ou grande) investidor ter ganhos consistentes operando com derivativos.
É uma teoria bonita: apostasse pouco para ganhar muito. Na prática, acaba funcionando como a mega sena: gastasse pouco e ganhasse nada. E se você ficar apostando em um evento catastrófico sempre, quase nunca ele ocorre e seu capital acaba no meio do caminho.
Se você for estudar os grandes ganhadores da Bolsa (Barsi, Buffett, Carl Icahn, Charlie Munger, etc.) verá que a maioria deles são investidores de longo prazo em negócios que geram caixa e raramente utilizam-se de derivativos.
É preciso levar em conta o dólar sim ao avaliar um BDR.
De qualquer forma, me parece extremamente desafiador acerta o câmbio, são diversos fatores que influenciam. Pela minha experiência, é muito mais fácil avaliar uma empresa do que uma moeda como o dólar.
De qualquer forma, é sempre bom ter um pouco de investimento em moeda forte, mesmo que o câmbio esteja um pouco valorizado.
Quem comprou ações da Apple no começo de 2016, mesmo com a desvalorização do dólar, apresentou ganhos no BDR´s pois a ação da Apple se valorizou mais do que o dólar caiu.
É preciso estudar a composição da ação UNIT.
As ações UNIT´s são “mais caras” que as ON e PN individualmente justamente pois representam um pacote de ações PN e ON. Precisa fazer conta e ver qual é a melhor opção.
Relacionamento com governo, no Brasil, geralmente é um risco adicional.
Se o relacionamento envolver dinheiro então fica ainda mais risco. Seja envolvendo financiamento ou o governo como cliente, eu tomaria cuidado redobrado ao investir nestas empresas.
As empresas citadas, me parecem que a atual cotação mais do que precifica este relacionamento.