Tiago Reis
@tiagoguitian
Analista de investimentos (CNPI) e sócio-fundador da Suno Research.
Eu não sou médico, então eu não entendi muito bem 🙂
O importante é o valuation estar o mais próximo possível do que de fato vai acontecer. E essa é a parte díficil.
Como avaliar uma empresa? Um pouco de experiência ajuda.
Tem uma frase em inglês que resume um pouco do meu pensamento a respeito da sua pergunta “qual método usar?” -> I know when I see it.
Investir em REIT´s é como investir em ações americanas. Na prática, REIT´s são como empresas listadas em bolsa, com governança própria, acionistas e Conselho de Administração.
Para aquirir REIT´s você deve abrir conta em uma corretora nos EUA e negociar.
Aqui segue uma lista dos 200 maiores REIT´s americanos: https://gfmasset.com/2017/08/top-200-us-listed-real-estate-investment-trusts-reits-by-market-cap-as-of-2017q3/
É importante lembrar que existem equivalentes de REIT´s em outros países como Holanda, Inglaterra e Rússia.
Foi possível comprar ótimos ativos que pagavam cerca de 1% ao mês de rendimentos. Era uma boa época para comprar FII´s.
Isso foi entre 2014 e 2015. Em 2016, com a queda dos juros e aumento da confiança dos investidores as cotas se valorizaram, o que fez com que o dividend yield caosse para quem comprasse neste novo ambiente.
Que foi corajoso e comprou em 2014/2015 fez um excelente negócio: recebe um excelente yield on cost e teve suas cotas valorizadas de maneira expressiva.
Para calcular o yield dos últimos 12 meses é simples: veja quanto a empresa pagou de dividendos nos últimos 12 meses e divida este valor pelo valor da ação empresa.
Por exemplo, se a empresa pagou R$1,00 nos últimos 12 meses e as ações são negociadas em bolsa por R$10,00, o seu yield dos últimos 12 meses será de 10%.
Para calcular o foward é um pouco mais complicado pois daí depende de estimativa de dividendos para o próximo ano. Isso depende do lucro/fluxo de caixa da empresa e da política de dividendos que a empresa possui.
O ideal é a empresa fazer o máximo de Capex possível acima do seu custo de capital.
Melhor ainda se a empresa conseguir expandir o seu negócio com pouco Capex.
O calculo de preço justo parte do estudo de Valuation e precificação de ativos.
Se você quer entender mais sobre valuation temos um curso gratuito sobre o tema: https://www.suno.com.br/minicursos/valuation/
Depende do case.
Mas eu diria que faz sentido sim comparar com múltiplos históricos. É possível fazer bons negócios assim. Indicamos Itaúsa e um dos critérios na época era o baixo múltiplo frente a média histórica do P/L.
Outros indicadores que você analisar Dividend Yield, Shareholder’s Yield e EV/EBITDA.
O risco desta abordagem é quando a empresa muda muito seu perfil em relação a média histórica sobretudo no que se refere a risco, taxa de crescimento e rentabilidade.
Por exemplo, quem adquiriu ações da Eternit no final de 2015 recebia um excelente dividendo frente a média histórica. Mas tudo indicava que a rentabilidade da empresa seria reduzida no futuro. Quem comprou fez um péssimo negócio.
Em geral, é um bom negócio participar. Se você não quiser participar, eu recomendo que você venda os seus direitos.
Capex vem do inglês Capital Expenditure…
Mas o que é “capital expenditure”?
É o investimento em imobilizado que uma empresa faz. O que é imobilizado? investimento em fábricas, novas lojas, imóveis e benfeitorias, equipamentos e frota de transporte.
Este investimento pode ser dividido em dois: o investimento necessário para expandir a operação e o investimento necessário para a manutenção das operações.
Você pode ver o quanto a empresa esta investindo em “capex” no Demonstrativo de Fluxo de Caixa que as empresas disponibilizam a cada trimestre. Basta ver este número no fluxo de caixa de investimentos.
Eu tenho um artigo que pode te ajudar na sua escolha: https://www.suno.com.br/artigos/qual-corretora-voce-deve-utilizar/
Não. É um risco diferente.
Realmente, quando existem casos de inadimplência e vai para a justiça a velocidade e veredicto nem sempre são positivos. Mas estes hospitais são geridos pela Rede D´Or, que é um grupo que é bem administrado.
Por outro lado, existe atributos positivos em hospitais: como contratos longos, vacância zerada e um setor que vai ter uma demanda crescente por conta do envelhecimento da população.
É importante lembrar que todos os segmentos de FII´s possuem riscos: lajes, logistica, shopping, faculdades, etc.
O importante é você saber de antemão sobre estes riscos de cada um dos segmentos.
Vale a pena ver um pouco do histórico destes fundos que você citou, estão entre os mais antigos. Foram excelentes investimentos, mesmo tendo passado por momentos difíceis.
Muito do que se chama de “robô” nada mais é do que uma planilha de excel em ação. “Robô”, na grande maioria dos casos, é um grande marketing. Vende-se como se existisse uma grande “inteligência artificial” por trás.
Você responde quantos anos tem, qual seu perfil de risco, etc…E o suposto “robô” faz um leitura do seu perfil de investidor, mas na prática é só uma função de excel.
Não estou dizendo que seja ruim, mas tem muito marketing por de trás deste serviço.
Receber dividendos trimestrais é bom, mas para mim é melhor ainda receber dividendos mensalmente.
A maioria das pessoas possuem despesas mensais, e se você conseguir conciliar a renda passiva de dividendos mensalmente, melhor ainda.
Pensando nisso, eu fiz um artigo que ensina como receber dividendos mensais: https://www.suno.com.br/artigos/como-receber-dividendos-mensais/
Você pode acessar o site de relação com investidores da empresa. Praticamente todas as empresas listadas em bolsa possuem um site para publicar ao mercado suas principais informações.
Boa parte dos sites de relações com investidores possuem o histórico de pagamento de dividendos daquela empresa. Você pode consultar a evolução dos dividendos neste site.
Eu utilizo a XP e no caso dela é muito simples.
Basta ir no App, selecionar o ativo no Homebroker e deixar uma ordem (com o mercado fechado – mas pode ser aberto) Válida até o Vencimento.
Eu gosto de deixar alguns pontos percentuais abaixo do preço atual do papel que eu pretendo investir.