Tiago Reis
@tiagoguitian
Analista de investimentos (CNPI) e sócio-fundador da Suno Research.
Eu não gosto da maioria dos PGBL´s disponíveis no mercado.
Por que?
Na imensa maioria dos casos as taxas de administração são elevadas e corroem o patrimônio do aplicador.
Além disso, em geral, a gestão é feita de maneira pouco profissional e a maioria dos ativos selecionados não geram resultados significativamente superiores a inflação ao longo do tempo.
Portanto, eu não incentivo o investimento em PGBL´s por parte dos investidores que buscam construir um patrimônio para suas aposentadorias.
A margem EBITDA diz o quanto da receita operacional da empresa é transformado em EBITDA.
É importante lembrar que EBITDA não é necessariamente igual a geração de caixa.
Se você quiser se aprofundar a respeito do que é o EBITDA, eu sugiro a leitura deste artigo: https://www.suno.com.br/artigos/ebitda/
É simples, desde que você tenha domínio do Excel.
Basta colocar em uma célula (vamos supor a célula A1) o valor da receita líquida.
Em outra célula (pode ser a B1) você pode colocar o EBITDA.
A margem nada mais é do que a divisão de B1 por A1, que vocÊ pode fazer em outra célula.
Vamos supor que você escolha a célula C1, basta digitar nela “=B1/A1”. O ideal é que esta célula esteja com o resultado em percentual, desta forma o usuário terá uma visão de qual a margem ebitda da empresa em termos percentuais.
A principal é o direito aos dividendos ou um dividendo superior as outras classes de ações.
Por exemplo, no Bradesco as ações PN pagam 10% a mais do que as ações ON. Existem diversas empresas em situação semelhante.
Para quem se interessa por REIT eu sugiro acompanhar dois sites:
- NAREIT: https://www.reit.com/
- iREIT Investor: https://ireitinvestor.com/
Vamos exemplificar:
- Vamos simular os seguintes lucros de uma empresa
- 1o trimestre: R$50mi
- 2o trimestre: R$60mi
- 3o trimestre: R$40mi
- 4T trimestre R$50mi
- Lucro total do ano? R$200 mi (50+60+40+50)
- Vamos supor os seguintes Patrimônios Líquidos
- Patrimonio Líquido inicial: R$1bi
- Patrimonio Líquido médio: R$1,1bi
- Patrimônio Líquido final: R$1,2bi
Desta forma a empresa tem os seguintes “ROE´s”:
- ROE sobre P.L. inicial = 200 / 1000 = 20%
- ROE sobre P.L. médio = 200 / 1.100 = 18,2%
- ROE sobre P.L. final = 16,6%
Desta forma, cada um dos ROE´s diz algo diferente sobre a empresa. Cabe ao investidor escolher qual prefere utilizar.
É importante lembrar que quando for comparar o ROE de empresas utilize o mesmo calculo de ROE para ambas para comparar “banana com banana”.
Alguns investidores buscam receber dividendos mensais.
Pensando nestes investidores eu criei este artigo que busca orientar sobre como formatar uma carteira de tal modo que o investidor receba dividendos na menor periodicidade possível: https://www.suno.com.br/artigos/como-receber-dividendos-mensais/
Os setores que mais pagam dividendos variam conforme o tempo passa. Por isso, esta pergunta tem resposta temporal.
Atualmente, os setores que mais pagam dividendos são:
- Elétrico
- Fidelidade (Smiles/Multiplus)
Existem setores que pagam bem, mas um pouco menos do que estes citados acima, como: seguradoras e bancos.
A recompra de ações pode ser considerada um dividendo “disfarçado”.
Por que?
Considere que você tenha 10 ação de um empresa que possui 100 ações, ou seja, você detém 10% das ações.
O que acontece se a empresa recomprar 10 ações que pertencem aos demais acionistas?
Você continuará a deter 10 ações mas de um total de 90 ações, uma vez que a empresa recomprou 10 ações. Neste caso, você passa a deter um percentual maior da empresa, afinal tem mais de 10% da empresa agora.
Mas o que acontece se você vender 10% das suas ações?
Você irá receber o valor de 1 ação com a venda, e passará a deter 9 de 90 ações. Desta forma, você passa a deter os mesmos 10% que detinham anteriormente, mas com um valor de dinheiro no bolso. Por isso eu chamo a recompra de “dividendos disfarçados”.
Cada investidor é diferente do outro.
Para alguns as noticias recentes podem representar oportunidade (afinal caiu muito) e para outros é hora de vender.
Na minha opinião se estiver barato o suficiente, e se for algo menor e que o negócio não tenha dependência das supostas irregularidades, pode até ser uma oportunidade.
Quando recomendamos Unipar, existia um ruído parecido. O papel estava de graça e foi um excelente negócio de lá para cá. O mesmo vale para Braskem.
O mercado primário se refere ao lançamento das ações em bolsa, através do IPO de uma empresa.
O mercado secundário refere-se às negociações envolvendo títulos que já estavam disponíveis no mercado.
Obviamente, a maior parte das negociações ocorrem no mercado secundário.
É uma questão subjetiva.
Para mim, o investimento de longo prazo é aquele você não vai precisar dos recursos no curto prazo.
Mas vamos dar algum número…
Se você vai precisar do dinheiro nos próximos três anos é melhor nem investir na bolsa…procure outros ativos de maior previsibilidade.
Agora, se você não vai precisar dos recursos no curto prazo, a bolsa (e a renda variável em geral) representam uma excelente alternativa de investimentos.
É subjetivo.
Para Décio Bazin, escritor do livro “Faça Fortuna com Ações”, um papel que pagasse acima de 6%¨de dividend yield se caracterizava como um bom pagador de dividendos. Eu considero este um bom parâmetro.
Além desses fatores você pode procurar empresas que:
- Pagam dividendos acima da média de mercado.
- Pagam dividendos superiores a Selic.
- Pagam dividendos superiores a taxa de juros real dos títulos de longo prazo.
Eu odeio dar esta resposta, mas…DEPENDE!
Precisa ver caso a caso, momento a momento.
No atual momento de mercado, a maioria dos fundos de recebíveis pagam acima da SELIC. Mas isso pode mudar com o tempo. Porém, é de se esperar que isso aconteça na maior parte do tempo.
Além dos fatores elencados nas respostas anteriores eu atribuo este baixo percentual a presença e atividade das empresa empresas que apelidei de “O Eixo Do Mal”.
Quem são as empresas do Eixo do Mal?
São as empresas que atuam de maneira que prejudicam o investidor logo no ínicio de sua caminhada como investidor. Entre elas destaco:
- Bancos que colocam produtos com tarifas altas que inviabilizam a rentabilidade positiva da carteira.
- Corretoras que estimulam o giro para ganhar na corretagem.
- Publicadores de conteúdos que prometem ganhos astronômicos e iludem o investidor.
Infelizmente os investidores iniciais acreditam nessas instituições. São novatos e não sabem em quem confiar e acabam confiando em quem melhor se vende.