Qual é a diferença de se investir em um mercado de alta ou em um mercado de baixa?

O que acontece no mercado de alta é que, em geral, as empresas costumam estar sendo negociadas a preços maiores do que a média histórica o que pode acarretar na ocorrência de menos boas oportunidades do que o normal. De qualquer forma, o importante é fazer a análise individual de cada empresa e, caso determinada empresa esteja sendo negociada a um preço atraente baseada em seus múltiplos, comparação com pares, perspectivas do setor, etc. é de se esperar que ela possua bom potencial de valorização independente do ciclo atual de mercado. O problema é que muitas pessoas focam excessivamente no “macro” e ficam com medo de investir nos momentos de alta e podem acabar desperdiçando boas oportunidades enquanto esperam por alguma correção. É como diz Peter Lynch: “Muito mais dinheiro foi perdido por investidores tentando prever correções de mercado do que com as correções em si”.

Com relação ao mercado de baixa, é onde costumam haver oportunidades mais abundantes (vide Bovespa há cerca de 3 anos), mas também é onde as pessoas costumam ter mais medo de investir. Vale a mesma sugestão: avaliar cada empresa de maneira independente e investir nas melhores oportunidades. Nesse caso, é possível que o investidor precise de mais paciência do que o normal pois mesmo ótimas empresas podem ficar com o preço das suas ações estagnado (ou até em queda) durante anos em mercados de baixa. Esse tipo de mercado é onde os grandes investidores fundamentalistas mais constróem riqueza!

Provavelmente não. A melhor estratégia costuma ser comprar quando todo mundo quer vender, ou seja em mercados de baixa.

Em mercados muito aquecidos (bull markets) a maioria das ações costuma estar sobrevalorizadas, especialmente de boas empresas. Como diz Buffet, o nível do rio sobe para todos iates.

Já em mercados desvalorizados o movimento oposto costuma ocorrer.

Mas exceções sempre ocorrem. É possível encontrar ações de boas empresas subvalorizadas em bull markets, assim como ações sobrevalorizadas durante crises.

E isso é possível pois o valor intrínseco dos negócios não depende do nível geral de preços do mercado, mas sim, das perspectivas de negócio individuais de cada companhia.  Por isso fica o desafio de estar sempre garimpando oportunidades.

Uma coisa a considerar em marcado de alta é o quanto o papel esticou de preço. Muita especulação ocorre nesses momento. Uma coisa é a empresa aumentar lucro, patrimônio e consequentemente aumentar seu valor, neste caso fatalmente vai aumentar o valor da ação e outra coisa é subir muito o preço por especulação.

Gutenbergn citou Lynch aí em cima. Isso serve mais para o mercado americano, no Brasil as correções são mais frequentes inclusive pela estabilidade política e econômica em que vivemos.

Comprar na baixa é uma boa, pois você pode comprar mais ações por preço menor de boas empresas, vide Itaúsa há 6 meses. Há também ações que andam de lado em mercado de alta, basta olhar o balanço da empresa e ver se vale a pena. Exemplo, BBSE3. É uma boa empresa mas não decolou com o mercado.