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Klabin

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@klabin em 06/11/2019
No preço atual de celulose, vemos grande parte da capacidade instalada mundial vendendo com preços abaixo do custo caixa de produção. Portanto, acreditamos que o preço que estamos atualmente operando estaria muito próximo de um “piso”, se esse já não tiver sido atingido. 
Portanto, esperamos uma retomada de preços para o ano que vem. 
Porém, dado o nível de incerteza que existe no mercado, é difícil de estipular algum valor. Porém, avaliando o qualitativo da história, acreditamos que existe espaço para recuperação de preços.
O nível de alavancagem atual da Klabin é considerado OK para uma empresa com o modelo de negócios que possuímos. Nosso rating pelas agências S&P e Fitch apresentam perspectiva estável, mesmo após o anúncio do projeto.
Importante ressaltar que, com os investimentos realizados no projeto Puma II, esperamos um aumento da alavancagem financeira durante o ciclo de investimento. Como expliquei em uma das perguntas abaixo, a indústria de papel e celulose é intensiva em capital e, portanto, aumentos de capacidade geralmente demandam uma grande cifra de investimento. Consequentemente, as empresas se alavancam para isso. 
Quando avaliamos esse cenário, não olhamos única e exclusivamente para alavancagem financeira ou montante do investimento. É chave avaliar 3 variáveis: alavancagem, liquidez e custo da dívida. O primeiro deles, como expliquei, deve aumentar durante o investimento. Estamos monitorando e constantemente revisitando nossos modelos financeiros para antecipar qualquer desvio do nosso cenário base. Em questão de liquidez, fizemos um extenso trabalho de gestão da nossa dívida nos últimos 12 meses. Resumidamente, captamos dívidas mais longas, mantendo o mesmo custo de juros. Isso nos dá maior conforto para passar por um ciclo de investimento como esse. Por exemplo, em dezembro de 2018 nosso prazo médio de vencimento da dívida era de 48 meses – terminamos o 3T19 com prazo médio de vencimentos em 91 meses (quase o dobro de prazo). Em paralelo, há um ano atrás tínhamos vencimentos médios de R$ 2,8bi de dívida por ano, entre os anos de 2019 e 2022 (período de maior desembolso do projeto). Esse trabalho que realizamos reduziu esses vencimentos médios para R$ 1,3bi por ano (menos da metade) ao final do 3T19. Nosso balanço nunca esteve em uma posição tão robusta de liquidez.
Atualmente, nossa posição em caixa e stand-by facilities contratadas são suficientes para pagar os próximos 76 meses de amortização da dívida. 
@klabin em 06/11/2019
Infelizmente desconhecemos qualquer impacto em nossas operações (positivo ou negativo) decorrente da vinda do el niño.
@klabin em 06/11/2019

Em nosso estatuto social, garantimos ao acionista remuneração de dividendos de pelo menos 25% do lucro líquido ajustado (após constituição de reservas legais). Porém, temos a prática de distribuir dividendos equivalentes 20% do EBITDA, em periodicidade trimestral. 

Como nosso negócio depende de variáveis que não estão no nosso controle, tais como preços de celulose e câmbio, nós não fornecemos guidance para resultados. 
@klabin em 06/11/2019
Parte da nossa operação, como por exemplo a produção de celulose que começou com o projeto Puma, na unidade de Ortigueira-PR, conta com o que há de mais moderno em termos de tecnologia. Nós estamos direcionando esforços para manter nossa competitividade e avançar em direção à indústria 4.0, com o desenvolvimento de soluções que aprimorem ainda mais nossos processos. 
Criamos recentemente estruturas dedicadas para esse tema, como equipes e comitês internos. 
@klabin em 06/11/2019
A partir do início das operações, começaremos a ter o fluxo de caixa gerado na venda dessa nova capacidade. A primeira máquina está prevista para começar a operar em mai/21, enquanto que a segunda é esperada para entrar em operação em mai/23.
@klabin em 06/11/2019
O cenário internacional é exógeno à Companhia, ou seja, ele segue sua dinâmica própria e nós não temos controle sobre isso. Portanto, nosso foco está em gerir o que está dentro do nosso controle. Temos uma operação que é referência mundial em custo caixa de produção em todos os produtos do nosso portfólio, o que nos dá maior competitividade em um cenário de retração de preços das commodities. Em um negócio commodity, nosso objetivo é ser líder mundial em custo caixa de produção.
Temos a vantagem de ter um modelo de negócio diversificado, com atuação em 3 fibras de celulose (curta, longa e fluff), 2 tipos de papéis (papel cartão e kraftliner) e embalagem (embalagens de papelão ondulado e sacos industriais). A integração vertical nesses negócios oferecem a Klabin maior resiliência de resultados ao longo do tempo. Estamos crescendo EBITDA, trimestre a trimestre na sequência, há mais de 7 anos. Você não encontra isso em uma empresa puramente commodity, que está exposta aos diferentes ciclos econômicos. Nosso modelo de negócios diversificado nos permite atuar em diferentes produtos (temos a opção de vender o papel, ou ir uma etapa além convertendo esse papel em embalagem e vendendo a embalagem final) e mercados (doméstico/Brasil ou exportação).
Caso as condições de preços internacionais melhorem, nos beneficiaremos em nossas exportações. Se o mercado brasileiro apresentar melhora, estamos preparados para capturar essa melhora e participar desse crescimento, principalmente com nossa operação de papéis e embalagens. 
@klabin em 06/11/2019
Rodamos algumas análises internamente que nos sugerem que o mercado geralmente “paga” pelo projeto de 6-12 meses antes do start-up. Essa foi uma análise feita com base nos últimos projetos de celulose no Brasil, incluindo o projeto Puma que iniciou as operações em 2016.
Outros analistas da indústria de investimento já escreveram sobre o tema e compartilham dessa tese. 
@klabin em 06/11/2019
Esse é nosso desafio diário! A Klabin é referência em pesquisa no setor de Celulose, Papel e Embalagem. Convido vocês a darem uma olhada em uma parte do nosso relatório anual que fala sobre nosso centro de pesquisa e tecnologia. http://rs.klabin.com.br/pdi/
Como exemplo, no nosso Projeto Puma II, a primeira máquina de papel será a primeira do mundo a produzir kraftliner de 100% fibra curta (eucalipto). Normalmente, os produtores fazem kraftliner com fibra longa (pinus). A Klabin atualmente utiliza um mix de fibras – misturamos longa e curta. Isso é um desenvolvimento tecnológico Klabin! 
As vantagens do papel 100% fibra curta são principalmente em custo (eucalipto é mais barato que pinus), o desempenho na fabricação de embalagens de papelão ondulado é superior, melhor qualidade de impressão no papel e conseguimos entregar a mesma resistência com uma gramatura inferior. 
Temos uma vasta gama de pesquisa em andamento. Destaco aqui as pesquisas para criação de “biobarreiras”, que visam criar uma embalagem 100% reciclável e biodegradável. Hoje, por exemplo, as embalagens de longa vida possuem camadas de plástico e alumínio. O mundo vive uma “guerra contra o plástico”, buscando alternativas que sejam biodegradáveis. O papel é uma dessas alternativas. Convido todos a conferir o slide 21 da nossa apresentação institucional do 2T19 http://ri.klabin.com.br/ptb/4441/KLABIN%20Ap.%20Institucional%202T19_PORT_NOVA.pdf
Então sim, esperamos ao longo do tempo oferecer aos nossos clientes um mix de produtos cada vez mais nobre em soluções de tecnologia do papel e da embalagem. 
@klabin em 06/11/2019
A indústria de Papel e Celulose é intensiva em capital. Ou seja, os projetos normalmente são grandes e demandam uma grande quantia de investimento. 
Em geral, as empresas se alavancam financeiramente para implementar um projeto. Após sua execução, passam a gerar fluxo de caixa com a nova operação e vão desalavancando. Quando estão em condição financeira para se alavancar novamente, avaliam as condições de mercado para entrada de um novo projeto. Como regra geral, esse é o fluxo.
A Klabin começou em 2016 as operações do Projeto Puma, unidade de produção de celulose localizada no município de Ortigueira – PR. De lá pra cá, vivemos um período de desalavancagem no qual reduzimos o endividamento da Companhia.
Em abril desse ano, anunciamos o projeto Puma II, que será uma expansão dessa unidade em Ortigueira com a implementação de 2 novas máquinas de papel kraftliner, com capacidade de celulose integrada. É um projeto com tudo que há de mais moderno em termos de tecnologia e deverá ser muito competitivo em termos de custo de produção. Acreditamos que será a produção de kraftliner com menor custo caixa do mundo. 
Portanto, o foco nesse momento está na execução do Projeto Puma II. Ele é dividido em 2 fases, uma para cada máquina de papel, e a primeira fase encontra-se com cerca de aproximadamente 7% executada. A expectativa é de início das operações em maio/21 da primeira máquina e da segunda máquina em maio/23. 
Em paralelo, estamos sempre avaliando opções de investimento pontuais, mas bem menos intensivas em alocação de capital – investimentos menores. São oportunidades.
Após a execução do Puma II, iremos provavelmente seguir um curso de desalavancagem. Temos uma série de projetos traçados para os próximos anos, em um plano estratégico de longo prazo. Fazemos acompanhamento constante desses projetos e caso a Klabin tenha condições financeiras e mercadológicas para implementá-los, com expectativa de geração de valor para os acionistas, iremos para frente com alguns deles. 
@klabin em 06/11/2019
A Klabin possui balanço de carbono positivo, ou seja, retiramos do ambiente mais CO2 (principalmente através das nossas florestas) do que emitimos em nossas operações. 
O Brasil não possui, nesse momento, nenhum mercado estruturado para monetizar esse benefício. Alguns mercados, como por exemplo a Colômbia, estão mais avançados nesse tema.
É uma questão de grande interesse da Klabin e de outros produtores florestais, monitoramos de perto e participamos de uma série de fóruns sobre o tema. 
Caso, no futuro, exista alguma forma de monetizar esse benefício, a Klabin está bem posicionada. Porém, se houver, o modelo de monetização e o prazo para que isso ocorra é bastante incerto – não tem como prever. 
@klabin em 06/11/2019
A Paper Excellence entrou no mercado nacional através da aquisição da Eldorado, produtor de fibra curta localizado em Três Lagos – MS. 
Nesse momento, Paper Excellence e J&F (controlador da Eldorado, mesmo controlador da JBS) estão discutindo na justiça a definição de quem será o controlador da Eldorado. 
Do ponto de vista de concorrência, nada mudou por enquanto. Independente de quem for o controlador, eles já possuem capacidade instalada e já operam nesse mercado. 
Estamos atentos e acompanhando. A maior preocupação será, após definição de quem é o controlador, eles optem por implementar projeto de expansão de capacidade que é de conhecimento público.
@klabin em 06/11/2019
Olá, boa tarde. 
O momento da celulose é bastante desafiador e os preços consequentemente apresentaram tendência negativa nos últimos meses. O acompanhamento do preço da celulose ocorre toda terça feira pela manhã, e no report de ontem estava em USD 458,59 para celulose de fibra curta na China. Existem incertezas quanto à demanda global de celulose e, nesse momento, o estoque na mão dos produtores de celulose está acima da média histórica. 
Esse é um ponto de atenção no curto prazo, tendo em vista que uma parte relevante do faturamento da Klabin refere-se ao negócio de celulose.
Porém, vale lembrar que  de 1,5 milhão de ton de capacidade, a Klabin possui 400 milhões de tons em capacidade de fibra longa e fluff. O fluff, celulose utilizada principalmente na fabricação de fraldas, possui maior estabilidade de preços. Como temos uma flexibilidade em portfolio de produtos, e focamos em mercados mais rentáveis (por limitação de tamanho, existem concorrentes com mais capacidade), possivelmente sofreremos menos essa queda de preços. Vale lembrar que o custo caixa de produção da Klabin está entre os melhores do mundo, se não for o melhor, e portanto atenua o efeito da queda de preços. Mesmo com os preços em baixa, somos bastante competitivos.
Indas e vindas no curto prazo são parte do jogo em um negócio de commodity. Porém, isso não muda nossa visão construtiva para celulose no médio/longo prazo. A demanda deve ser crescente nos próximos anos e existe a limitação de acesso a áreas florestais competitivas para instalação de novos projetos.