De fato, não é recomendável ter uma carteira tão grande a ponto de você não conseguir acompanhar os ativos. A sua ideia me parece boa: recomendo que você venda os ativos nos quais menos confia, e diminua a sua carteira até um ponto em que você se sinta confortável de acompanhar.
O próprio Ray Dalio afirmou que não está apostando na queda do mercado no momento (https://www.linkedin.com/feed/update/urn:li:activity:6603690079821025281/). Também vale a pena ressaltar que 1,5 bi é muito dinheiro em termos absolutos, mas não é algo de enorme relevância dentro da carteira da Bridgewater, que tem mais de 100 bi sob gestão.
Não sei exatamente quantas ações você possui em carteira, mas se for um número pequeno, você pode se expor demasiadamente a riscos não sistêmicos. Escrevi sobre isso há algum tempo no twitter: https://twitter.com/gutenbergn/status/1166035371018379265, Se a sua carteira estiver demasiadamente concentrada em poucos ativos, basta que algum problema mais sério ocorra em um deles para que isso possa ter efeito consideravelmente negativo no seu retorno total.
Quanto ao aluguel de ações, isso varia de corretora para corretora. Na XP, por exemplo, é automático após você indicar que deseja alugar as suas ações. Em outras, você precisa entrar em contato para informar quais ações deseja disponibilizar para aluguel. Recomendo que você entre em contato com a sua corretora e pergunte qual o procedimento.
Estamos em um período de forte subida das ações. Tenha cuidado para não achar que isso vai se repetir para sempre. Na minha opinião, ações e FIIs são ativos complementares, ambos devem fazer parte de uma carteira de investimentos. Em geral, as ações vão ter volatilidade maior, portanto exigem mais cuidado, especialmente para quem está começando e talvez não tenha ainda vivido a experiência de lidar com perdas significativas na carteira. De qualquer forma, se você não possui ações ainda, acho que vale a pena estudar e adicionar algumas ações em seu portfólio.
Existe alguma incerteza pois as leis aqui no Brasil não são 100% claras, mas a maioria dos investidores que conheço consideram que os REITs também estão enquadrados na isenção para vendas de até R$35 mil no mês.
Os dividendos são reinvestidos no índice, portanto não há queda de preço por conta dos dividendos.
Existe sim, e é bem comum. Outra forma muito utilizada para ajustar é utilizando a inflação. Em ambos os casos, ainda estamos distantes da máxima histórica.
O melhor que conheço com relação a mindset é Pai Rico, Pai Pobre. Outro que vale muito a pena é “O Homem Mais Rico da Babilônia”.
Em algum momento é natural que ocorra uma correção, tendo em vista que os mercados no exterior já estão em processo de alta há 10 anos, um dos mais longos bull markets da história. Dito isso, é impossível saber quando essa correção virá, e há anos que algumas pessoas ficam de fora do mercado com medo dessa correção, tendo deixado de participar de um dos maiores períodos de criação de valor de todos os tempos.
Eu gosto da ideia de investir em empresas no exterior como diversificação e, para quem ainda não está posicionado dessa maneira, eu acho que vale a pena começar, independente da máxima histórica.
Concordo com você. Infelizmente, no Brasil, existe uma tendência de infantilizar o investidor, de criar proteções em excesso que, em vez de dar maior segurança, só servem para diminuir as alternativas e gerar uma menor possibilidade de diversificação de carteira. Resta torcer para isso mudar algum dia.
Significa que o lucro obtido foi maior do que o montante distribuído. Em geral, quando acontece de maneira recorrente, é um bom sinal, pois significa que a distribuição está sendo realizada de maneira saudável e sustentável.
Eu não olho o mercado como um todo, prefiro olhar as empresas individuais. Naturalmente, com o crescimento do mercado, muitas empresas ficam mais caras, mas eu ainda vejo algumas oportunidades, por isso não parei de aportar.
Essa fórmula acaba sendo muito restrita hoje em dia, e vai deixar de fora várias ótimas empresas. Ainda pode ser utilizada como um auxiliar para alguns tipos de empresas específicas, como setores industriais, mas eu não usaria a mesma como base para uma carteira de investimentos.
Na época de Graham, quando ela foi criada, praticamente não existia conhecimento difundido sobre contabilidade de negócios, então era possível encontrar várias empresas com descontos significativos. Hoje em dia, isso já não é tão fácil, então é mais recomendável utilizar outras formas de análise mais completas.
Eu não me preocuparia muito com isso se fosse você. Em períodos de crescimento acelerado do mercado, é natural que uma carteira individual fique abaixo do índice, pois é comum que nesse momento os maiores crescimentos venham de empresas especulativas, que não necessariamente fazem parte das carteiras de longo prazo em geral. O importante é continuar aportando em boas empresas e olhar em um horizonte mais longo.
De qualquer forma, é difícil falar com mais detalhes sem conhecer a carteira em si. Se você está incomodado, cabe fazer uma revisão das suas posições, especialmente aquelas que não desempenharam como esperado, para identificar se isso tem ocorrido apenas por variação natural do mercado ou se houve algum erro de análise antes do investimento ser realizado.
Eu acho que cabe uma mistura: perceba que ao contrário do que muitos pensam, ações de dividendos também podem oferecer crescimento ao longo do tempo (especialmente com o reinvestimento dos mesmos). Minha sugestão é que você busque montar uma carteira com boas empresas de ambas as categorias, pois o equilíbrio vai fazer bem. Não desanime se receber dividendos muito baixos no começo, o importante é ter a disciplina de continuar, e isso irá crescer gradativamente. Se o seu capital é baixo, procure também uma corretora que cobre pouca corretagem (ou até mesmo de corretagem gratuita) para que as taxas não diluam sua rentabilidade. Boa sorte!
